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espaços

por sapoprincipe, em 03.08.13


Paulo Candido marcou a mim, a Ana Paula e o Max quando postou este texto no facebook. Gostaria de ouvir a posição deles a respeito.

Eu gostei. Muito bom.

Posso atestar os dois pontos discutidos.

O profissional que para para apreciar o seu trabalho faz um trabalho melhor. Depois de um certo tempo trabalhando comigo, quando chego na obra e olho para uma parede onde está sendo colocado azulejo, e nesta hora o profissional para, também, para olhar, antes mesmo que eu fale alguma coisa ele aponta: aquela peça não ficou boa, vou acertar.

“Os profissionais garantem-no, mesmo que prováveis beneficiários sejam incapazes de apreciá-lo.”

Há algumas semanas cheguei numa obra que eu estava fazendo no Flamengo e achei a cena hilária. A obra já estava caminhando para os arremates finais. Os azulejos do banheiro estavam todos aplicados e haviam acabado de colocar o basculante.  A cliente olha e diz:

- Oh! Coincidência, a janela ficou certinha com os azulejos.

Antes que eu dissesse alguma coisa, o mestre de obra respondeu: não, está aí porque o arquiteto Cláudio exigiu.

Aí, eu decidi não falar mais nada. Pois se ela tivesse prestado atenção no projeto, ela saberia que a janela estava justamente onde deveria estar. Os azulejos também. E que não era, de maneira alguma, mera coincidência.  Inclusive por conta de eu ter que refazer toda a paginação do banheiro por conta da alteração do material que ela quis. Coisa que parece não dar trabalho, principalmente depois de pronta, por ser “mera coincidência”.

Algumas pessoas acham agradáveis e se sentem confortáveis em alguns ambientes e não conseguem detectar o motivo.

Como ele coloca no segundo texto a questão é que a escola é formadora em todos os níveis. Um aluno que frequente determinados espaços arquitetônicos será mais crítico, inclusive, em relação à cidade, ao seu bairro, à sua casa.

No caso das escolas públicas, vai da vontade política e do entendimento dos governantes do valor da população (seria melhor dizer populações, já que as áreas de investimentos sempre são muito distintas).

Numa escola particular, além do ganho dos alunos, ainda tem o retorno para a própria escola. Estou fazendo, com uma amiga (arq. Luciana), um novo projeto de biblioteca para uma escola em Botafogo. Ela fez a da unidade da Tijuca, depois me chamou para ajudá-la na do Recreio e agora estamos na de Botafogo. Numa reunião com a diretoria da escola de Botafogo, onde defendíamos uma solução de projeto que exigiria um investimento maior, mas achávamos que o retorno de qualidade também seria maior, eles foram categóricos: sabemos disto. O pessoal da escola do Recreio já nos disseram que antes, quando um pai ia ver a escola para fazer uma avaliação eles tinham que usar muitos argumentos, agora, depois de mostrar a biblioteca o convencimento é fácil.

Diga-se de passagem, as fotos de abertura do site da escola são das bibliotecas.

publicado às 13:31


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