Eu não sou nada norma. E nem inclui o sobrenome do meu marido ao meu nome, que acredite ou não, é Pinel.
Olha o que diz o médico:
Há três anos, o psiquiatra Valentim Gentil Filho, professor da Universidade de São Paulo e um dos grandes nomes da sua especialidade no Brasil, vem conduzindo no Hospital das Clínicas da capital paulista um estudo sobre um tema fascinante: o funcionamento do cérebro das pessoas absolutamente normais. Sim, de acordo com Gentil, elas existem, ao contrário do que prega o bordão segundo o qual "de perto, ninguém é normal". Depois de avaliarem centenas de candidatos, o psiquiatra e sua equipe chegaram a um número de setenta homens e mulheres que estariam livres de quaisquer transtornos psíquicos e se comportariam com a propriedade exigida pelas circunstâncias da vida – sem exageros ou carências de comportamento e ação. O estudo com esse universo normalíssimo deve durar até o fim do ano. Uma das conclusões já obtidas é que, com a ajuda de antidepressivos, é possível tornar alguém normal ainda mais... normal. "Investigamos também se existe algum marcador genético para a normalidade absoluta", diz ele. Gentil, de 60 anos, presidiu por doze anos o conselho diretor do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas e, hoje, é um dos diretores da Sociedade Internacional de Transtornos Bipolares. Autor de setenta artigos publicados em revistas médicas internacionais, ele deu a seguinte entrevista a VEJA.
Pinel é um sobrenome bonito e de peso, né? Ainda mais aqui no Rio. A questão da normalidade é deverás confusa. Olhando, até mesmo de longe, sabe-se que o ser humano tem seus tiques. Agora, considerando que todos são assim, e algumas coisas bastante comum ou característica de uma maioria, dá até para ver "normalidades" ;c)