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photo by Cláudio Luiz
Para: Fal
De: Leitor
Fal, bem sei que você merece muito. Mais do que muito. Mais do que tudo. Gostaria de lhe presentear, mas no momento não posso fazer mais do que lhe dar a dica.
Uma amiga me emprestou um livro que me fez lembrar de você.
Como o livro fala do amor aos livros, já tive um motivo. Como uma das personagens é dona de um sebo: outro motivo. Quando li, na quarta capa, que a história se passava em Barcelona, foi tiro e queda.
Ainda nem tive tempo de ler o livro todo, mas já nas páginas iniciais...
"Acompanhamos o vigia através daquele corredor palaciano e chegamos a uma grande sala circular, onde uma autêntica basílica de trevas jazia sob uma cúpula esfaqueada por focos de luz que desciam desde o alto. Um labirinto de corredores e estantes repletas de livros se erguia da base até a cúspide, desenhando uma colméia em cuja trama viam-se túneis, escadas, plataformas e pontes que deixavam adivinhar uma biblioteca gigantesca, de geometria impossível. Olhei para meu pai, boquiaberto. Ele me sorriu, piscando o olho.
- Daniel, bem-vindo ao Cemitério dos Livros Esquecidos.
... Cada livro, cada volume que você vê, tem alma. A alma de quem o escreveu, e a alma dos que o leram, que viveram e sonharam com ele. Cada vez que um livro troca de mãos, cada vez que alguém passa os olhos por suas páginas, seu espírito cresce e a pessoa se fortalece."
... achei que deveria lhe falar de A Sombra do Vento, de Carlos Ruiz Zafón.
Espero gostar da leitura. Ler a introdução já me agradou muito.
Abraços literários,
Leitor
NB – não sei como está no original, mas achei o máximo a tradutora Márcia Ribas usar, logo no primeiro capítulo, a palavra "esdrúxula" – que significa ao esquisito, extravagante, mas que eu acho ótima.