correio selado

De: saco de pancada
Para: batedor

Minha analista disse que estou “determinantemente” proibido de reclamar. Não posso chegar lá chorando e reclamando que você me bateu.
Então, bata à vontade. Eu agüento. Calado.

Atenciosamente,

Saco de pancada

NB – Minha analista disse que eu não posso reclamar, mas não disse que não posso revidar.

Para: Entrevistado
De: Telespectador

Por favor, nunca diga: “essa pergunta é muito boa”.
Primeiro, porque parece combinado. Segundo, soa como se estivesse elogiando para ser elogiado. Terceiro, se tinha dúvidas das qualidades do entrevistador, não aceitasse dar a entrevista. Responda apenas! E se a pergunta é tão genial, boa e oportuna, aproveite a chance e dê uma bela resposta. Aquela que justifique vermos a entrevista.

Abraços televisivos,

Para: FAL e ELIR
De: Aluno

Hoje é dia dos professores. Até gostaria de ter boas histórias para contar, mas...mestre de verdade não tive nenhum ao longo da vida acadêmica. Até tive alguns (poucos) bons professores, alguns até com possibilidade de virarem mestres, contudo não nos aproximamos o suficiente para que isso acontecesse. Para vocês, todavia, devo grandes cumprimentos. Se tivesse tido professores com metade da capacidade de vocês, hoje eu seria uma pessoa melhor, com certeza.
Fal, sua intimidade com os personagens é histórica.
Elir, seu conhecimento é a sintaxe.
Há uma piada que diz que no Brasil deus colocou um povinho, visto aqui não ter grandes catástrofes naturais. Com o vendaval de ontem no Rio, acho que isso começa a mudar. Quem sabe com a mudança do clima e catástrofes freqüentes, nós - o povinho - também não mudamos e começamos a ter um pouco de sensatez, o suficiente para trucidar alguns políticos. Assim, talvez deixemos de precisar de cotas nas universidades e passemos a ter um ensino fundamental excelente, com professores sendo bem pagos. E este passará a ser comemorado como se deve.
Parabéns!!!

Abraçados letrados,

De: Atarefado
Para: Rotina

Olá!!!
Estou escrevendo-te para saber se não queres passar uns dias cá em casa. Isto é, se estiveres numa daquelas fases tranqüilas, nada de agitação. Vem, acordaremos cedo, correremos na praia. Depois, um bom café da manhã. Uma passada de olhos pelos jornais. Rápida. Afinal, mensalão e arrastão (rima, que é pra combinar com politicagem) não são mais novidades. Justiça (séria) talvez fosse. Uma conferida nos e-mails e um passeio pelos blogues. A seguir, organizávamos o trabalho.
Almoços light.
Depois teria que te deixar com a agenda em aberto, pois tenho que trabalhar. À noite, uma programação doméstica. TV, não (novela é melhor “ver” na Fal), a não ser para um DVD básico. Ou uma daquelas séries... daquelas, boas!!! Então nos entreteríamos a contar histórias de bons livros, um para o outro. A programação não é nada assim excitante, mas é boa, não? Então vem passar uns dias cá, vai ser ótimo!
Abraços rotineiros,

Atarefado

Para: Manual
De: Usuário

 Devo confessar que sou péssimo com manuais. Nem sempre os leio por inteiro. Mas posso afirmar que sei ler e escrever (com alguns erros, mas sei) e sou bom com números. Reconheço que os celulares já, há muito, ultrapassaram a barreira de meros aparelhos de comunicação. Afinal, leio a Cora sempre. E o meu aparelho é um modelo com câmera. Mas a minha questão é outra. Tenho reparado os cariocas (e adjacentes) a falarem ao telefone. Como eles usam o aparelho em frente à boca, seguram-no verticalmente e falam no topo, ou na parte de trás, ou na parte superior do aparelho. Aí fico me perguntando: qual a parte do manual que pulei? Que modelos são estes? Quando seguro o aparelho de forma convencional na lateral do rosto, com o auscultador ao ouvido e o fone virado para a boca, estou fazendo errado? Alguém poderia me explicar?
Agradecidamente,

Usuário