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Hoje, acordei de madrugada por conta do barulho. Era o gelo batendo no vidro da janela. Choveu forte e feio.
Bem sei que 40º não é uma temperatura civilizada, mas 4º e com chuva também não é.
NB - e quando a previsão é só de chuva numa final de semana prolongado... não dá para ficar feliz (só se fosse a Cynthia) E a previsão é de -2º para amanhã.
Hoje de manhã tinha tanta tanta tanta neblina que eu até pensei em ligar pro Fernando Meirelles e perguntar se ele estava filmando Ensaio sobre a Cegueira II.
Ter a pontinha da cueca aparecendo tinha até um certo charme. Como a moda caminhou e o hype é mostrar quase toda a cueca… já não sei.
Só consigo achar … eu ia dizer engraçado, mas tenho dúvida da piada. É, mas não deixa de ser hilário ver os rapazinhos subirem as calças, quando eles acham que estão muito caídas. Sobem 5 milímetros, descem 3 e aí acham que já subiram a calça o suficiente. Mas a metade da bunda está – quase - exposta. Já a cueca…
Aí, fico me perguntando, se, supostamente, isso não é o que de melhor eles têm para oferecer, pra que fazer tanta publicidade?
Na minha agenda - sempre a minha agenda - consta que hoje é dia da criatividade.
Vou pegar emprestada a do meu amigo Paulo D'Antônio, que sempre envia emails assim, para desejar boa semana.
Muitas coisas melhor se diz calado,
Foto - Vassouras - by Paulo D'Antônio
Como minha “iniciação ao cinema” passou também pela sessão da tarde, musicais não me são estranhos.
Continuo a achar que o bem feito e bom agradam sempre.
Assim sendo, gostei de assistir Mamma Mia.
Uma diversão. eheheheheh
Como a crítica falou tão bem e os amigos que assistiram elogiaram, cedi.
Fui assistir ao show do Ney Matogrosso.
Agora, não sei bem se devia. Pra quem já viu vários shows dele...
O show é bom? É. O entorno é que estraga.
As músicas são boas, os músicos são bons, o Ney continua afinado, escolhendo sempre um bom repertório. Já o figurino e o cenário...
O cenário é super simples (pelo que consta foi exigência dele).
O figurino, quando não peca pela falta, peca pelo excesso. O brilho é demais (não me lembro de nada da dobradinha ney-versolato que tenha gostado muito. Nesse caso... achei péssimo. Ainda não entendi o motivo da insistência do Ney). Quando ele tira o “body/macacão” (?) e fica com a “segunda pele” com pinturas imitando tatuagens tribais achei bom, mas quando ele colocou a franja com brilho ... já deixou de ter piada. Ainda mais que a música era um ponto de macumba – mais tribal, mais terra, mais palha impossível.
Depois, fiquei pensando que criticar é sempre muito fácil (crítica descompromissada, é claro). Principalmente quando não se tem que apresentar alternativas. Mas foi só pensar isso e fez-se luz.
Pensando o espetáculo como está construído (embora discorde da proposta se for verdade que ele queria realçar que apesar da idade ele ainda pode ousar, rebolar etc. Então, seria bom mostrar a ousadia, sensualidade e beleza que tem a idade que ele tem agora e não tentar mostrar que ainda tem corpinho de 30 e pode fazer o que fazia) seria fácil chegar a um resultado melhor.
Num dos momentos do show, o pano que faz o cenário “despenca” mostrando um outro cenário. Se fosse eu, aproveita este mote. Faria os múltiplos cenários irem caindo e com isto marcaria as trocas de roupa dele (tirando body em cima de body). E quando fosse a hora de usar a segunda pele tatuada, abusar das palhas e contas coloridas (bastava ele citar o primeiro trabalho solo dele pós secos & molhados. A capa do cd, ops! do LP, é linda, lamento de não ter assistido esse show). Tentando fazer uma alegoria de todas as mudanças/metamorfose que ele já passou.
Pra mim acho que resultaria um espetáculo mais bonito. Não sei para o público...