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by Cláudio Luiz
Av. Nossa Senhora de Copacabana - Rio de Janerio - Brasil
Esta foi a primeira arq-tipografia que me chamou a atenção. Depois a do Monte Pascoal veio cofirmar que era algo para se prestar atenção. Com isso veio toda uma diversidade.
Hoje, dia de Santo António (assim com acento agudo como escrevem os portugueses), é festa em Lisboa. Com direito a marchas – o verdadeiro carnaval de lá.
Não tenho a menor dúvida que foram a minha mana Paula e o doce amigo Jorge que me fizeram amar Portugal – em particular Lisboa – e mais do que isto, me sentir em casa. Fazer parte.
Mas, também, tenho que destacar um brasileiro que conheci lá. Acho a mais completa tradução da cidade. Pelo carinho que tinha (tem) pela cidade, pela forma de descrevê-la e mostrá-la.
Lourival, um gaúcho que conheci lá, me mostrou uma Lisboa fora do circuito turístico e mágica. Ficar hospedado na casa dele era uma festa, sempre.
Como se não bastasse isto, o rapaz é de um talento imenso.
Quando vi este retrato que ele fez pensei logo – quando tiver grana encomendo um.
Estas capas são geniais.
Gosto da sofisticação e senso de humor dele. Que pega um tema batido como – ovelha negra – e transforma numa leitura nova.
Gênio é isto.
Quer ver mais trabalhos dele, visite-o aqui.
Produzir o trabalho de conclusão de curso teria sido mais fácil se eu tivesse o feito de uma tacada só. Mas, ao fim das contas, foi ótimo escrever e um aprendizado ainda maior. Lógico que sem o auxílio luxuoso do Elir o texto viria com várias vírgulas fora do lugar e mais alguns errinhos.
Bem sei que prometer uma série de posts em blog é um fiasco, quase sempre. Todavia, espero discutir mais vezes sobre cores aqui.
Pra já, só uma palhinha da discussão do artigo.
Muitas vezes evitamos o uso de cores vivas ou contrastes mais acentuados, e optamos por combinações discretas, pouco perceptíveis ou quase "não cores", por temer os resultados por falta de conhecimento técnico, pela linha adotada pela academia e suas doutrinas ou para evitar críticas se aceitarmos a proposição de Goethe:
Uma pintura pode se tornar facilmente berrante, se as cores são dispostas com toda a intensidade. [...] Se, ao contrário, cores fracas, apesar de destoantes, são colocadas lado a lado, o efeito não dá na vista. Sua própria incerteza é transmitida ao espectador, que por sua vez não tem como elogiar, nem reprovar. (GOETHE, 1993, p. 150)
Não seriam as cores vivas (saturadas) e os contrastes tão naturais quanto às, segundo Goethe, fracas? Vivianne Pontes (2011), em seu blog De(coeur)ação, questiona este ponto quando fala sobre cores neutras:
"A noite, a nuvem, a terra, o dia claro, o dia chuvoso, nossa pele, cabelos, dentes. Vemos estes elementos o tempo inteiro, e nos acostumamos a suas cores de tal modo que as chamamos de 'cores naturais', por falta de um adjetivo melhor. (Como se uma rosa vermelha não tivesse uma 'cor natural')".
A posição tomada por Goethe (1993, p.81), de que "homens cultivados evitam cores vivas nas roupas e no ambiente que os cerca, procurando em geral delas se afastar" já não é regra nos dias atuais. "Muita gente abraça calorosamente novos e excitantes usos da cor. Quando a Apple lançou um computador azul, as vendas foram mais rápidas do que de qualquer outro" (FRASER; BANKS, 2007, p.7).
Trabalhar com cor exige empenho, conhecimento técnico, inúmeros testes, controle das variáveis, mas poderá não ser tão difícil quanto parece para se conseguir resultados satisfatórios quando o ambiente for finalizado.