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tem horas que...
modelo: Nate Carty + Photo by Bre’Ann White
Sagrado
Ainda não foram totalmente eclipsados pelos programas de culinária-gourmet, mas já não têm o destaque que tinham antes.
Gosto de ver programas de decoração/design de interiores pra ver ali algumas teorias confirmadas.
Aqui, o melhorzinho é o Decora. Onde a Bel Lobo foi a queridinha [me lembro de um programa com um quarto infantil com um beliche de estrutura metálica tão mal feito, que ainda me deixa assustado].
No momento a apresentação é do arquiteto/designer Maurício Arruda.
Pelo que andei vendo na minha TL, as amigas que gostam e comentam sobre decoração têm restrições sérias. Devo confessar que gosto, mas demorei um pouco a entender o motivo. O lado didático - ele disse em um programa que foi professor num curso de design de interiores - e mais a forma educada e gentil com que ele trata os participantes foram uns dos pontos que me fizeram aprová-lo.
O primeiro programa achei até que fosse pegadinha, pois começar justo com uma cozinha era querer um desafio grande. E por pouco não foi um desastre total. Tinha todo o nervosismo de estar frente às câmeras (perdeu bastante logo após os primeiros programas)e mais a dificuldade do projeto em si.
Mas, pelo andar da carruagem, deu pra perceber que ele gosta de projetos de cozinha. Tanto que o melhor programa da décima temporada (2016 - que é da que irei falar. A deste ano fica pra depois, se houver outro post a respeito), pra mim, foi o episódio 8 - Cozinha Moderna.
Não precisam vir puxar a minha orelha. Não há aprovação 100% e se formos na linha - se fosse eu fazendo o projeto... mesmo naqueles casos de muitos - vivas! - a gente sempre irá querer mudar um detalhe ou uma cor, não? Pois.
Tem o aproveitamento do vão da porta da cozinha (em apartamentos pequenos, pra quê porta de serviço?), colocar painel de gesso cartonado pra disfarçar colunas/reentrâncias [que apesar de "perder" um espaço o faz parecer maior], usar cerâmica só sobre a bancada e emassar as paredes com azulejos com massa acrílica e pintar (se forem usar, uma dica: lembrem-se que são necessárias várias camadas de massa para sumir com os azulejos).
Gosto das montagens dos painéis visuais/moodboard - que é mesmo uma forma de ter orientação e dar um sentido pro projeto, definindo um conceito.
Neste ponto destaco o episódio 17. Ele foi excepcional? Não. Apenas demonstrou ser um bom profissional e ter conhecimentos. Manteve o mesmo layout, aproveitou parte do mobiliário, mas deu unidade ao projeto.
foto gnt/decora
O mesmo revestimento (ai, tijolinho. Pra quem andou vendo reforma de casais...) da parede da tv continuou na parede (recuada) do hall de entrada. A pintura "quadro negro" existente na parede da cozinha foi prolongada pra outra face da parede. Trocou o tapete cinza - sobre o piso cinza (cimento queimado), sob o sofá cinza - por um preto e branco, que deu destaque para o ambiente. Além de ser listrado, para criar a ilusão de um espaço mais largo. Encaixou a mesa de jantar em medidas de acordo com o espaço. A solução com o topo encostado na parede e de um dos lados com banco é o mais confortável? Não. Mas com um espaço tão exíguo e a exigência de uma mesa grande, é uma solução possível para atender aos muitos lugares pedido.
No E12 fugiu do convencional teto branco e o pintou de amarelo. Ainda bem que já usei deste expediente antes dele, senão minha cliente (Oi, Wanda) iria dizer que eu estava copiando o decora. rs (ah, quando faço isso falo abertamente pro cliente. Mostro de onde surgiu a idéia).
Em relação a iluminação - funções diferentes, iluminações diferentes - eu até completaria, é uma ótima maneira de criar várias "cenas". Ter vários pontos de iluminação - plafond / focos / pendente / abajur - permite mudar o clima da sala/quarto e o tornar mais aconchegante ou mais prático quando necessário de forma simples.
Customizar ou dar uma melhoradinha naquele móvel comprado pronto, uma das maneiras mais simples é trocando o puxador.
No E9 que ele deu destaque a cor, acho que ele poderia ter ousado mais. Tendo colocado duas paredes revestidas de madeira, justamente para dar uma contida e sofisticada no uso das cores, ele optou por um tom muito sóbrio de verde em contraponto ao rosa - que ele também não queria ver associado a quarto infantil. Considerando o perfil da família, e o painel de madeira, poderia ter optado por tons mais alegres. Então, mesmo nos "não acertos' dá para aprender.
Sabendo dos perrengues que é fazer obra, sempre dou um desconto pra ele - prazo e valor. Valor, acho que ele tem sempre mais folga do que eu. Prazo, ele ganha, mas se reparem bem em certos closes... se eu entregar uma obra com aquele acabamento, com aquelas falhas na pintura, fico sem as orelhas, com certeza. eheheheh Não é fácil.
Valeu Decora!
Conversando com uma querida amiga fui citar o verso de uma música e "cantei":
dinheiro sempre há de pintar por aí...
Agora, resta esclarecer que "Como?" é um...
MISTÉRIO.
eheheheheheh
ao mestre com carinho
véu
Gostei muito quando na playlist feita pelo meu amigo Paulo descobri Blubell e seu Blue. Da imensidão do céu e mar ao caquinho de vidro.
Blue, um caco azul / Num mar de metal / No céu da cidade...
Djavan, também, já azulejou meus dias com a voz da Gal.
"Eu não sei / Se vem de Deus / Do céu ficar azul
Ou virá / Dos olhos teus / Essa cor / Que azuleja o dia"
Mas o tom de azul pode vir do mar do Tim Maia.
Ou como a Rita - "Não sei porque fico vendo tudo azul". Preciso ampliar este leque.
Porque a "seda azul do papel que envolve a maçã" do Caetano pra mim não é exatamente azul, mas o "tom de azul quase inexistente, azul que não há / Azul que é pura memória de algum lugar" continua embarcando neste trem das cores.
Como você canta o seu azul?
by Laolu Senbanjo
Tenho descoberto uns artistas africanos (muitos da Nigéria) que tenho gostado muito.
Conjunto Popular
Av. Francisco Bernardino, 757
Patrocinado por Helô Banana Etc e Vera Guimarães
A individualidade definindo o igual.
O igual e diferente. (respeito a isso é o que anda em falta nos últimos tempos).
O bom deste mês é que tem feriado ;c)