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Foto do site do Grupo Corpo.
Para: D'Antonio
De: Amigo
Seu convite para assistir ao Grupo Corpo no Municipal foi mesmo
extraordinário. Adorei.
Tenho que dizer obrigado: Muito Obrigado.
Por sinal, os dois últimos espetáculos de dança a que assisti foi com você.
Primeiro, Deborah Colker, com Nós. Gostei. O balé inicial é ótimo. O segundo, nem tanto. O que não me fez vibrar tanto com o primeiro foi o figurino. Gosto do Herchcovitch, mas acho que os detalhes em preto estavam excessivos.
O espetáculo do Corpo foi um espetáculo, de fato.
O primeiro balé com os pas-de-deux foi lindo. Romântico. Dança. Variação sobre o mesmo tema. Que demonstra maturidade e criatividade. Casou bem com a música do cubano Lecuona.
O segundo balé foi deslumbrante. Lindo.
Escutei uma crítica de um amigo que me disse terem as coreografias parado nos anos 80. Fui com este eco para o espetáculo e o eco se perdeu na distância. Não concordei. O balé não tem os arroubos da modernidade e do experimentalismo. Tem a maturidade de um coreógrafo desde 81 à frente da companhia. A excelência de um grupo de bons bailarinos (lembro-me que a primeira vez que vi uma companhia estrangeira - no caso, holandesa - o que mais me impressionou foi a precisão dos movimentos, o que as brasileiras não conseguiam tanto, por falta de tempo para ensaios e apoio financeiro para estabilidade das companhias). Tem identidade.
Quando vi a apresentação do grupo Corpo na Expo 98, em Lisboa, senti orgulho de ser brasileiro. Hoje, apesar das mazelas políticas, sinto-me novamente orgulhoso.
Gostei imenso.
É só isso. (para um trocadilho infame)
Muito obrigado por ter me convidado.
Abraços dançantes,
Amigo