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Vi numa postagem de minha professora de arte da Pós e me interessei. Depois a Fal, numa msg, disse que havia visto e tinha achado a minha cara (:))))) minha cara pelo elogio). Corri pra assistir – Abstract [Netflix].
São 8 episódios, que ao final você fica ... só isso?
O primeiro episódio é "Christoph Niemann - Ilustrador".
Já até havia visto vários trabalhos dele, só não estava ligando o trabalho à pessoa. Como aconteceu com quase todos (eu e meu problema com os nomes).
Além do trabalho lindo, não é possível não se identificar, mesmo que algumas falas caiam no lugar comum ou algo bem conhecido.
Por exemplo, quando ele cita Chuck Close:
- Inspirações é para amadores. Nós, profissionais, vamos trabalhar.
- 99% de transpiração e ...
Lembrei-me de um livro do Dualibi (agência dpz) – que não conseguirei conferir pois o livro já não está na estante por conta da última mudança – em que ele dizia, mais ou menos, que o bom profissional não era aquele que tinha uma ideia genial e sim aquele que tem ideias o tempo todo. E o "trabalhar" produz isso, inclusive novas ideias e algumas vezes ideias geniais.
Tinker Hatfield, que entre outras coisas é designer de calçados [no caso tênis], no segundo episódio questiona a relação arte-design.
"Existe arte envolvida no design. Mas não acho que seja arte. Na minha percepção, arte é a maior autoexpressão de um indivíduo criativo. Para mim, como designer, o maior objetivo não é a autoexpressão. Meu objetivo é solucionar um problema para outra pessoa e espero que fique ótimo para ela, e bonito."
Não posso concordar mais. Por mais que tenha arte no design de interiores e a minha mão nos meus projetos, quero sempre que a casa tenha a cara do cliente. Que ele possa sentir que a casa é dele, como se ele tivesse feito tudo aquilo.
A cenógrafa Es Devlin, no 3º episódio, ganhou "uau" de alguns amigos que assistiram, inclusive a Fal, mas... terei que assistir de novo. rs
Bjarke Ingels é um arquiteto novinho com muitos prêmios. Merecidos (apesar de não conhecer detalhes dos projetos). Inclusive por algumas ousadias. O endereço do site é "big" - o que desmostra certa humildade. rs
"Em arquitetura há um problema sem solução. Ninguém confiará em você até que o prédio esteja construído." E não só para os grandes e premiados. Tem hora que gostaria de ter dinheiro (muito, claro) para bancar a "confiança". Executar a obra, porque assim não se teria dúvidas do que está desenhado no projeto e o cliente pagar se gostar da obra (mas, com muito dinheiro, eu continuaria a ter clientes? rs).
O designer de automóveis - Ralph Gilles - me fez lembrar de um colega de escola, que também era fascinado por automóveis e vivia desenhando carros. Será que Jaime fez design? Como já não me lembro do sobrenome, nem posso me aventurar no google.
Paula Scher vem nos mostrar que a "grobo" é o próprio país do Chacrinha, onde tudo se...
O trabalho que ela desenvolveu para o teatro "Público" é maravilhoso. Qualquer semelhança com a marca do canal Futura é mera... Tentei achar o autor da marca e a data, mas titio google não me ajudou. Embora esteja aí a banda "Kiss" para demonstrar que às vezes é o caminho inverso.
Platon - fotógrafo - e seu olhar para os olhos. Ele vai conversando até relaxar o fotografado e conseguir um click que revele a alma.
Oitavo episódio e chegamos ao design de interiores - Ilse Crawford.
"O importante é o bem-estar. As pessoas entram em um espaço e não sabem por que se sentem daquele jeito, mas na verdade foi tudo planejado."
É bom ouvir um grande confirmando a sua teoria. Canso de dizer isso. Algumas vezes as pessoas miram num detalhe - cor das paredes, o conforto do sofá, o quadro... - achando que é isso que resulta, quando é só o conjunto que produz o efeito "mágico". Por isso, não é suficiente copiar detalhes de um espaço para outro.
"Algumas pessoas acham que design de interiores é sobre aparência.
'Deve ser divertido ficar comprando móveis', uma pessoa me disse uma vez. Mas não penso assim. Passamos 87% de nossa vida dentro de edifícios. O design deles tem um impacto em como nos sentimos e comportamos. Design não é apenas o aspecto visual, é um processo mental, uma habilidade. Acima de tudo é uma ferramenta para acentuar nossa humanidade.
É uma moldura para vida."
Só isso?
Como assim acabou? Eu assistiria mais vários episódios. Queria mais várias temporadas.
Aguardo.
Obrigado, Fal.