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prancha arq. Serlio
Depois de levar um "olé" de um post no "feissy" (copyright Fal Azevedo) fui perguntar para a Ana Paula a respeito e ela me explicou que estava certo e me indicou "A linguagem clássica da arquitetura" - John Summerson.
Nem precisei comprar, pois tenho 3 exemplares. Um que comprei quando pensei em fazer mestrado, um herança do Daniel e um que veio no "pacote" da estante da mãe de uma amiga (Oi, Monix).
Optei por ler o exemplar que era do Daniel que tinha alguns pontos já marcados (facilita a doação dos outros dois). Provavelmente, ele estava preparando uma aula sobre a Grécia.
Na "Essência do clássico" o autor apresenta os modelos de colunas gregas. Sim, aquelas mesmo que vocês viram na escola - Toscana/Dórica/Jônica/Coríntia/Composta. Ele acrescenta à classificação: Sempre se considerou que as ordens tivessem como que uma personalidade. Vitrúvius (Arquiteto/Sec. I a.C.) talvez tenha sido o responsável por isso. Para ele, o Dórico exemplifica a "proporção, força e graça do corpo masculino". O Jônico se caracteriza pela "esbelteza feminina".
Antes de terminar a frase que dizia que o Coríntio - "a figura delgada de um menina" - pensei: Então, a composta só pode ser uma dragqueen. Confiram o capitel em comparação aos outros, please rs
Aí, só pude rir quando na página seguinte tinha a anotação do Daniel:
Obs: As três ordens=discutir o masculino, o feminino e o andrógino.
Hoje, talvez ele usasse queer, naquela época a palavra "da moda" era andrógino.
Ah, um dado, as aulas do Daniel era para o curso de indumentária.
O livro continua. "Houveram outras interpretações. As recomendações de Serlio (Arq. -1475/1554- Renascimento) eram:
a ordem Dórica deve ser usada em igrejas dedicadas aos santos mais extrovertidos (S. Paulo/S. Pedro/S. Jorge), a Jônica para santos mais tranquilos e a Coríntia para virgens (especial Virgem Maria). A Toscana para fortificações e prisões (que é ordem mais atarracada e pesada mesmo).
Debaixo da saia do Papa tem mais coisas do que a gente imagina e a história detalhada traz surpresas.
capiteis