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"Entraram na sala de mãos dadas, dois selvagens nus numa selva de espelhos de moldura dourada e escrivaninhas Luís XV.
Pierson já estava instalado em seu lugar, no canto do aposento: uma vasta bergère de couro que parecia engoli-lo, tornando-o ainda mais magro e mais murcho do que já era. À sua direita estava a vitrola, com o sexteto de Brahms girando no prato. À sua esquerda, um aparador baixo de mogno, coberto de caixinhas laqueadas, estatuetas de jade e outros bibelôs dispendiosos. Era uma sala cheia de nomes e objetos inamovíveis, um encrave de idéias."
O Livro das Ilusões - Paul Auster