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Não sou uma pessoa muito musical. Muito menos sou daqueles que quando chegam em casa a primeira coisa que faz (após lavar as mãos) é ligar o som. Mas...
Minhas playlists têm sempre umas musiquinhas das antigas. Não tenho culpa de ter podido aproveitar uma excelente safra da mpb e o auge do roquinho nacional. Contudo, insisto em ouvir coisas novas – sempre brasileiras, diga-se de passagem.
Aí, num dia, pensando em fazer uma playlist, fiz uma sinapse maluca e decidi criar uma playlist fazendo ligação de uma música antiga com uma nova. Não pela sonoridade e sim por um ponto de ligação no tema, feito pela minha cabeça, claro.
Mal comecei e já quebrei a regra. Era pra ser uma antiga com uma nova. Pensei New York, New York com Não existe amor em SP. Aí lembrei de Aquele Abraço, do Gil. Também, antiga, mas não quis tirar NY. Depois tinha Homem com Agá e Amor rural (sim, tem até sertanejo), mas achei que Pagu, também, seria uma boa ligação. Deixei. Foi assim e Meu cupido é gari. Vermelho – da Fafá e da Glória Groove, é entrega de bandeja. A nova da Shakira entrou com A loba da Alcione, claro. Afinal, se ela não for fã da Marrom como o Axl Rose, um fã dela devia enviar a dica. Ela vai amar.
E por aí segue a lista.
Vou para por aqui senão minha loucura vai ficar muito exposta. rs
Mondo Art
Enquanto não aparece o certo, me divirto com o errado, mas...
"Vem, vem, vem
Que eu tô facin, facin demais
Que eu tô facin, facin demais
Mas não me entrego pros caretas, caretas, não"
Sei bem que acessório é diferente de assessoria.
Ter alguém para ajudar é sempre bom. Só que as equipes de assessoria neste país na maioria das vezes são falhas, não?
As desculpas publicadas por personalidades e empresas quando pegas sendo preconceituosas ou tomando posições políticas equivocadas são lastimáveis. O “peço desculpas aos que se sentiram ofendidos” é péssimo. Somos nós que somos burros e não entendemos a bela mensagem emitida pelo grande gênio sensato.
Agora, tem uma coisa bem mais prosaica que me irrita desde a pré-história. Marília Gabi Gabriela ainda fazia sucesso na tv aberta e nem pensava em ter instagram para manter contato e ganhar “biscoitos” do público. Por que cargas d’água um assessor não mostra uns trechos do programa que o famosinho irá participar? Hoje em dia isso é muito fácil. Até entendo a vontade de ser educado, mas mentir – nem sempre – é ser educado. Dizer que adora o programa e assisti sempre e depois ficar surpreso com a dinâmica ou com aquela pergunta feita em todos os episódios é dose.
Acho ridículo, mas até sei a resposta – quem faz tv e agora podcast/videocast - não assisti tv e podcast/videocasts.
Por isso a Sophia Abrahão ganhou um fã. rs Mostrou simpatia, carisma, beleza e bom senso quando foi ao Podpah. Disse que assistia os “meninos” e apesar deles mesmo duvidarem, conseguiu durante o programa citar vários momentos com outros entrevistados mostrando que não havia mentido. (aplausos) E pelo jeito nem foi trabalho da assessoria.
As assessorias estão precisando de uma assessoria com urgência. rs
NB - eu preciso de uma assessoria em português
Não sei se foi só o pudico do mininU mark ou burrice da IA ou preconceito mesmo.
O feissy barrou a minha domingueira do dia 11. Isso porque a Helê me enviou a imagem que estava postada no instagram – que, também, é do meninU mark.
Nunca escolha uma foto “explicita”, por princípios meus. Podem ter confundido o braço, já que está entre as pernas? Podem. Ou é a cor da pele do belo modelo (já não houve denúncias sobre câmeras de identificação não reconhecer bem rostos negros?).
O pinteret, também, deu o ar da graça esta semana. Quando começou a censura no Pinterest, parei de usar. Não apaguei meu perfil, mas não postava mais. Depois, por conta de uma pesquisa para um cliente, acabei entrando para ver uma imagem e, vez por outra, voltei a postar alguma coisa.
Agora, já é a segunda vez este ano que censuram uma imagem que postei. Isso porque já estava há anos na minha página. Só que enviam o aviso com a imagem acima. Pode ser burrice minha, mas não ficou claro, pra mim, se há alguma forma de ver a imagem.
Dizem que viola as diretrizes da comunidade, mas sem ver a imagem claramente não consigo saber nem o que é ou o que poderia violar.
E como disco arranhado, voltarei a repetir – já podiam ter criado um filtro para as imagens. Quem não que ver nudez, escolheria não ver nas configurações e as páginas e imagens com nudez não seriam exibidas pra elas e quem posta esse tipo de imagem teria que marcá-las. Esqueceu de marcar 3 (?) vezes, todos as imagens passariam a ser exibidas só no modo restrito. Simples. O difícil é convencer os pudicos que eles podem ver as imagens angelicais e de família e as outras pessoas podem ver todas – inclusive nudes. rs Afinal, não basta eles não verem, é preciso impor a infelicidades a todos.
“Quem tem um amigo tem tudo” já disse o grande Emicida.
Quem tem a Vera Guimarães como amiga tem mais.
Foi ela que me deu “História da Violência” – Édouard Louis de presente.
Comecei a ler, mas a tensão da obra mais as eleições me fez dar uma pausa. Não é uma leitura exatamente leve. Ainda mais pra mim.
Retomei. Gostei muito. Gostei sobremaneira da forma como ele conta a história. O final não fez vibrar o uau! que eu vinha fazendo e faço pelo livro como um todo.
Além do outro trecho que já postei e outros mais que marquei no livro, tem este trecho:
“As mentiras me salvaram mais de uma vez. Se eu for pensar, muitos momentos de liberdade da minha vida foram momentos em que pude mentir, e por mentir quero dizer resistir a uma verdade que tentava se impor a mim, aos meus tecidos, aos meus órgãos, uma verdade já estabelecida em mim, às vezes havia muito tempo, mas que tinha sido estabelecida em mim pelos outros, de fora, como o medo que Reda havia inoculado em mim, e eu percebia que as mentiras eram a única força que me pertencia de verdade, a única arma na qual eu podia confiar, de modo incondicional. Eu me deparei, no trem vindo para cá, com esta frase de Hannah Arendt, que não repeti para Clara, que zomba de mim quando falo de filosofia; Arendt escreve: "Em outras palavras, a negação deliberada da realidade - a capacidade de mentir - e a possibilidade de negar os fatos - a capacidade de agir - estão intimamente ligadas; ambas provêm da mesma fonte: a imaginação. Porque não é natural que sejamos capazes de dizer que 'o sol brilha' quando está chovendo [...]; isso indica que, ainda que estejamos aptos a apreender o mundo pelos sentidos e pela razão, não estamos inseridos nele, ligados a ele, como uma parte inseparável do todo. Estamos livres para mudar o mundo e nele introduzir a novidade". Minha cura veio daí. Minha cura veio dessa possibilidade de negar a realidade.”
pág. 156
Neste momento em que mentiras foram contadas/postadas durante este governo horrível para manipular o povo e volta a ser usada de forma contundente, mais uma vez, nestas eleições é difícil destacá-la.
O trecho me fez lembrar de minha madrinha dizendo – falar a verdade é falta de educação. Como eu era pequeno e estava na fase do catecismo e ouvindo sempre – mentir é pecado – fiquei como o meme do John Travolta, até conseguir elaborar que não falar a verdade não é necessariamente mentir. Ou mentir como ele coloca no livro que passa por ele ter que omitir sua crise, para tentar superá-la ou em outros momentos de sua vida que tem que esconder sua orientação sexual é outro ponto.
O pessoal diferente do público.
O pessoal diferente do todo.
“Minha vida se transformara em horas. Eu disse a Clara pela manhã que não tinha conseguido preencher o espaço brutalmente liberado pelo fim dos horários marcados, que me parecia impensável, para não dizer impressionante, ter conseguido, nos anos anteriores, encher o tempo de um dia, desde a manhã ou ao menos do meio-dia, hora habitual em que abro os olhos, até a noite. Vivia meus dias descontando permanentemente as horas, pensava: Mais de cinco horas até o fim do dia, mais de três horas...”
História da Violência
Édouard Louis
Nem terminei o livro ainda, mas esse trecho está a minha cara. Quando as coisas começaram a voltar ao “normal”, vieram as eleições e o ritmo desandou de novo. Os dias têm uns buracos, umas noites mal dormidas que se prolongam.
Agora, contando as horas pra chegar dia 30 e depois irei contar os dias pra chegar 2023.
via google
Meu espelho me ama.
Se fosse malzinho (rs), poderia perguntar ao espelho: espelho, espelho meu, existe... ele não precisaria mentir, conheço muita gente linda. Mas, com certeza, ele me reflete mais bonito. Coisa que nenhuma câmera fotográfica consegue.
Ele me entende. Nos dias bons e nos dias ruins.
Sempre me espanto com a burrice da IA e dos algoritmos. Quando o meninU mark no feissy me indica alguma coisa, erra. O instagram pouco acerta. O Pinterest quando manda um – estas ideias têm a sua cara – me pergunto sempre: o que eu fiz para eles suporem que tenho tanto mau gosto?
Este papo todo me ocorreu por que uma amiga me pediu uma foto e sou um desastre com selfies. Só consegui relaxar em relação às fotos quando incorporei a fala de uma amiga: fotografia é pra gente rir. Até porque não tenho muito mesmo o que fazer com as minhas.
meu desejo que 2023 chegue logo é tão pequeno
que, hoje, fui ao supermercado e
comprei um panetone.
rs
Fiz esta postagem, no feissy, no dia 2 de julho. Depois, pensei em trazer pra cá. Só que o fato de não ser herdeiro e ter que trabalhar atrapalha muito a vida social e o convívio nas redes. rs
Abri o youtube e acabei assistindo um trechinho do saia justa com a claudia raia que eles disponibilizam nas redes.
Não sei se foi intencional ou o corte é feito sempre do mesmo bloco, enfim, gostei de não estar lá a parte "fofoqueira" que seria um caça clique.
Todavia, vim mesmo comentar a fala da raia, que eu acho engraçada, diz algumas coisas legais e outras vezes cai numas m...
Os últimos destaques que tenho visto dela na midia são sempre destacando os 50 anos e a luta contra o etarismo. Aí, vai pra tv falar: parei nos 15. Sou animada como um jovem... adolescente é sempre animado. Oi? É assim que é lutar contra o etarismo? Tenho 50, mas continuo jovem. Vai à m...
Logicamente, que com o avançar dos anos tem um desgaste da máquina. Fazer algumas atividades será mais difícil, of claro. Contudo, como tudo na vida, é relativo. Tem pessoas da minha idade, que adoram academia, praticam atividades físicas, estão com o corpo todo muscolozinho, fazem mil atividades e tem uns adolescentes tendo que ser arrastados pra fazer o que quer que seja. Lutar contra é, pra mim, não limitar atividades ou possibilidades por conta da idade. Ter idade e experiências pode ser apenas a possibilidade de resolver algumas questões mais rápido, enxergar por outros ângulos. Seja estar nas redes ou fazendo tricô é só questão de escolha (muitas vezes de privilégio, eu sei), não de idade.
Já me poupei da polêmica por ser com uma pessoa que gosto. Esta história de queria ser sempre jovem... ainda não se deram conta que nascer, passar o tempo, envelhecer e morrer é o ciclo da vida?
Quer ficar sempre jovem? Escolha a sua melhor foto pro avatar, dá um tiro no c* e pronto, será para sempre jovem.
Bem sei das desvantagens do desgaste, mas, também, é aquela coisa, eu sei por experiência o que é ser jovem (mesmo que algumas pessoas esqueçam e fiquem com esta balela de que a adolescência é ótima), os jovens é que ainda não sabem como é ser velho. Dar um tiro no c* pra ficar jovem para sempre, tirará a possibilidade de saber. É só uma questão de escolha.
NB – A Tina tem feito uma discussão muito boa sobre etarismo para mulheres entorno dos 50.
Que diga-se de passagem é mais pesado do que para os homens.
fiftinah
APO Nattawin e Mile Phakphum
Numa pesquisa que fiz no google sobre um BL (boys’ love / dorama / yaoi) acabei vendo o link de uma comunidade e cliquei pra entrar. Mera curiosidade.
Só confirmou o que já tinha lido a respeito e tinha observado por algumas páginas que passei. As séries e as novels são consumidas por uma parcela grande de mulheres hetero, de idades variadas – já vi postagens de mulheres de 14, 33 e 60 anos, sei por que citaram no texto.
Sempre fico me perguntando qual o motivo do interesse, já que a maioria das produções não tem a qualidade de uma série tipo Heartstopper. Histórias simples, finais felizes são alguns pontos que já vi levantados.
O que me surpreendeu foi descobrir um certo lado do “fan service”. O interesse comercial em produzir histórias ou cenas ou finais que agradem ou que o público está pedindo (em caso de histórias abertas), eu entendo. Agora, o que pra mim é absurdo é o trabalho de marketing e divulgação criar todo um romance extra séries. Como muitos fãs shippam os casalzinhos das séries (o que não é de hoje, né?), os produtores e divulgadores alimentam os fãs fazendo com que os atores façam alguns carinhos uns nos outros, usem alianças iguais nas entrevistas e participações em programas de tv sugerindo que o romance está saindo da tela. Como o mundo da internet tem seus loucos (como na vida social corrente, diga-se), o que isso tem gerado? Posts e perseguições online a, por exemplo, um ator que divulgou uma foto com a namoradA. Como também tem gente de bom senso, li alguns posts criticando a atitude. Ainda bem.
Não sei se tem relação, mas acho bem possível. Não apoio a proposta de que para viver um personagem trans tem que ser um ator/atriz trans. Acho super válido a cobrança de atrizes e atores, roteiristas, produtores, membros da equipe em vários escalões de pessoas da comunidade e de vários gêneros quando a história gira entorno do tema ou tenha personagens LGBTQIAP+. O ideal é que tivessem envolvidos em todo tipo de produções. E no caso, ter atores heteros vivendo personagens gays é uma forma de quebrar o estigma e o preconceito, não?
Descobrir que o ator é muito diferente do personagem que ele interpretou ganha pontos comigo na avaliação do talento. Ter um homem hetero beijando outro homem (mesmo que sejam beijos meia-boca como são os beijos das séries asiáticas – sejam homo ou hetro) me faz até acreditar em beijo técnico. Eheheheh
(é só piada, gente. Não faço parte dos loucos que citei acima. Bem sei que é só encenação, e as cenas quando estão sendo gravadas não têm aquele “calor” todo que aparece na tela. Iluminação, ângulo, sonorização e montagem fazem milagres).
“São as trapaças da sorte, são as graças da paixão
Pra se combinar comigo tem que ter opinião
São as desgraças da sorte, são as traças da paixão
Quem quiser casar comigo tem que ter bom coração”