Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
O que a pandemia irá deixar marcado no design de interiores nos próximos anos?
Até mesmo nos hábitos - máscaras passarão a ser mais comum como nos países orientais?
Lavar as mãos já deveria ser um hábito anterior. Tudo bem, lavar as mãos passou a ser mais exigido e mais urgente do que antes.
Fico me perguntando se os novos projetos irão incorporar novamente os escritórios ou mesmo um cantinho, em apartamentos menores, de trabalho já que o home office é uma realidade (?).
Ou se os halls de entrada passarão a ter um espaço para se deixar os sapatos (coisa que acho ótima, diga-se de passagem) ou teremos espaços com pantufas para aquelas visitas receosas de tirarem sapatos ou tênis por medo de estarem com a meia furada ou pior, com chulé. rs
O que você pensa em manter dos hábitos e quais modificações fará assim que puder?
Acho que os sapatos deixados na entrada passará a ser mais comum. O cantinho ou cantão de trabalho será cada vez mais necessário - com o item do fundo para os vídeos sendo um ponto relevante para o projeto.
Uma pausa para nossos comerciais.
Comecei a ver a nova temporada [T3] de Queer Eye (ainda estou no episódio 4). Está ótima.
Ainda espero o dia que o Jonathan irá encontrar um visagista para rever o próprio visual.
Karamo acabou saindo de - culture - e caindo em auto ajuda. Fica difícil acreditar em mudanças internas tão radicias em 5 dias. Mas, ele é fofo.
Antoni - deu uma melhorada no menu, acho.
Tan é um fofo (embora meio machista, acho) e acerta bem nos modelitos.
Agora, o Bobby é excelente. Bonito, charmoso, atencioso e de um talento... os ambientes sempre ficam maravilhosos. O que eu acho mais interessante, e com o que me identifico, é ele pegar peças das pessoas e manter no ambiente novo, de forma a dar destaque e valorizar as peças. Lembrei-me, agora, de uma cliente que me convidou para o open house onde pude ouvir várias amigas dela perguntando onde comprou a luminária e a mesinha e ela tendo que responder: é do outro apartamento, vc não se lembra?
Apesar da dúvida, acabarei por comprar o livro que o gnt irá lançar do Maurício Arruda. Gosto do trabalho dele. Mas, do Bobby... iria adorar.
Estava assistindo aos episódios pensando em comentar com algumas amigas e no episódio 4 já não resisti.
Na casa, o Bobby optou basicamente pelo preto e branco. Pintou metade da parede de preto e a parte de cima de branco (acho que pode ter sido por conta das crianças, já que o casal tem 3 filhos pequenos). Lógico, que imediatamente associei com a postagem do Maurício Arruda no instagram semana passada. Ele postou uma obra feita pelo escritório dele - todosarquitetura - que tinha isso - barra preta embaixo e branco em cima - sala, corredor - paredes e portas. Várias pessoas comentando que não gostaram. Interior designers sofrem eheheheheh
Então, podemos dizer que é - tendência?
by Mauríco Arruda - todosarquitetura
by Bobby - Queer Eye - T3E04
Como eu havia dito o texto estava no forno. Agora, passada a folia, ficaram prontos os comentários dos 13 últimos episódios da temporada 11 (2017). Postando, antes que comece a temporada 2018.
O que conseguimos aprender nestas 13 aulas do Maurício? Foram vários os episódios dos quais gostei.
T11-E14 Quitinete no Copan. Terá ele escolhido este projeto pra mexer num projeto do "Nini"? (Niemeyer para os não íntimos, como a Vera. rs)
Edifício icônico de São Paulo: 1160 apartamentos - praticamente um bairro.
Aproveitamento de espaços pequenos sempre é um destaque.
Amigos me enviam com frequência vídeos com móveis que se embutem em armários, ampliam, dobram pra economizar espaço. Dois pontos a destacar: ferragens são itens caros e, nesses casos, ainda mais; e armar e desarmar móveis para uso, todos os dias, não é o melhor dos mundos (embora na necessidade ajudam e resolvem a questão dos espaços pequenos).
Maurício ressaltou - é preciso verticalizar. Demoliu o armário embutido. Inclusive a laje construída para apoiar o maleiro (muito comum em edifícios antigos), mas acabou desistindo de quebrar o soco (base do armário), pois quanto menos entulho, melhor. Menos impacto no meio ambiente, inclusive, como ele mesmo disse.
Colocou a cama de casal sobre o armário (só não entendi a escolha por um colchão de 30 cm, quando existem de 15 e 20, também confortáveis, e seriam mais favoráveis pra quem está precisando de espaço), avançando a posição do armário em relação à parede, criando um pequeno espaço embaixo, onde foi colocada uma cama - para a filha que passa alguns finais de semana com ele, além de servir, também, para algum hóspede dormir. O fato de o tablado ser mais largo e permitir um espaço ao lado do colchão foi uma bela sacada. Criou um espaço para uma "mesinha de cabeceira". Só acho aconselhável ele dormir no sofá ou no "quarto" da filha caso chegue bêbado em casa. rs
No armário, também foi criado um nicho na lateral para embutir a geladeira (que não cabia na cozinha). Envelopou com vinil preto, para acompanhar o acabamento do armário e não destacá-la.
O armário foi feito com os topos aparentes - sem fita de borda. Gosto bastante. Desenhei um mobiliário (armário e mesinhas laterais) para uma loja em que os topos eram sem fita de borda. Mas, no meu caso, seria usado um compensado especial, em que as placas da composição do compensado eram bem selecionadas para ter o menor número de furos possível, intercalando uma clara com uma escura, o que realça o desenho. Topos aparentes foram tendência na década passada.
Não deixem de reparar na luminária com lâmpada tubular perpendicular à parede.
No episódio T11-E15, temos uma aula sobre alturas. O espaço da antiga garagem, que se tornaria um estar/salão de jogos e tv, já tinha um pé direito alto e ele ainda tirou o forro, deixando o telhado aparente, tornando-o ainda mais alto.
O jogo com a altura pode começar no rodapé. Usar rodapé alto em espaços baixos fará com que pareça ainda mais baixo. Não quer destacar a altura, jogue toda a iluminação para baixo, nada para o teto. Destaque os móveis e os quadros, que deverão estar linha do olhar - a borda ou moldura superior no máximo na altura das portas.
Complementando com uma dica minha: ter um faixa no alto da parede com a mesma cor do teto, também ajuda - se a iluminação puder ficar na altura dessa linha, ajuda ainda mais.
T11-E17 - Não é um ambiente que eu destacaria, mas tem 3 pontos. Adorei a solução do encaixe dos sofás. E a possibilidade de variações que o layout permite. Teve o uso de tijolinhos - ohhhhh - mas (isso não foi dito) me pareceu um jogo com o revestimento da parede da churrasqueira, que não seria mexida e ficaria visível por conta das portas de vidro.
"Todo ambiente tem uma vocação, uma maneira inteligente de ser ocupado, que aproveite ao máximo o seu potencial, é só descobrir como. Os materiais tem esse poder de influenciar atitudes e despertar sensações que a gente quer provocar nas pessoas." Parece texto de marketing para escritórios de Design de Interiores, mas, algumas vezes, os redatores do programa são bons e acertam em cheio.
Como os sofás eram peças grandes e com tecidos diferentes, o melhor é que conversem ente si. "Outra dica é não usar almofadas 'decorativas' com estampas." Já tem informação suficiente com a mistura de tecidos. No caso, ele fez almofadas com os tecidos dos sofás e brincou, alternando a cor da almofada e do sofá.
"Quando criarmos ambientes monocromáticos o resultado é visualmente super relaxante." Concordo, mas não esqueçam, é importante variar os tons para que o ambiente não fique monótono.
Ah, eram 3 pontos... Mas o terceiro não tem a ver exatamente com o programa. Foi a primeira pessoa que enviou um vídeo que me chamou a atenção pela beleza. Deve ser mal do nome - Mariana. Isso não significa que amigos, amigas, irmãos de outros participantes não tenham chamado atenção pelo mesmo motivo.
Só mais um detalhe: um dos quadros usados é do artista plástico Luis Bueno - pelé beijoqueiro - como, no caso, era o da Monalisa, lembrei-me da Helê - Duas Fridas - Costa, que gosta de futebol, Gioconda e Frida. Não necessariamente nesse ordem, of claro ©.
T11-E19 - Hall de entrada de um edifício, que ele transformou num belo estar, ou quase. Eu fiquei em dúvida sobre o paisagismo. Principalmente pelo uso de vários vasos pequenos. Como é um edifício sem porteiro, acho que teria sido mais adequado ter vasos mais fáceis de cuidar.
"Cores quentes - amarelo/laranja/vermelho - ficam sofisticadas quando usadas em apenas alguns pontos ou sobre uma base de cinza bem escura." É uma das soluções possíveis. Cores pouco saturadas ou com bastante cinza na composição têm tendência a serem consideradas sofisticadas. Cores saturadas e vibrantes dão um ar mais descontraído, alegre.
O que o episódio chama a atenção é para a ilusão criada pelos móveis e tapetes na dimensão do espaço. Antes da reforma, havia ali um sofá com poltronas e um tapete à frente com a mesma dimensão. Como o espaço é grande, esse conjunto ficava ali meio acanhado, parecendo ainda menor e também "constrangendo" o espaço. Ele usa um sofá grande - mais de acordo com o tamanho do espaço - e um tapete ainda maior (a regra normalmente é esta - o tapete deve ser maior que o sofá, avançando uns 30 cm pra cada lado e, também, avançar sob o sofá) e aí vemos o espaço se "expandir".
Painéis de madeira liso e com fecho de toque para esconder medidores de água, relógios elétricos etc. é uma solução recorrente e que funciona bem.
Iluminação do hall do Whitney Museum- NY foi o que serviu de partida para a solução do projeto da escola de fotografia do T11-E21.
O projeto do hall do museu é impactante, o da escola... nem tanto. Se a verba disponível não dava para comprar mais pendentes/luminárias, achei que ele poderia ter usado outras estratégias. Como deixar uma borda ("tabeira") junto às paredes e vigas, para que as luminárias formassem um conjunto mais compacto. Nem que pra isso ele tivesse que usar lâmpadas diferentes nas luminárias das bordas e nas do centro. Enfim... todo projeto permite "n" soluções. Como o depois ficou melhor que o antes, conto como ponto favorável.
O episódio da brinquedoteca - T11-E23 - gerou post no facebook. Várias amigas criticaram. Eu gostei. Achei legal a setorização por cor. Os vários ambientes, o espaço central com a árvore e as mesas, que permitem múltiplos arranjos. O espaço para as crianças maiores - pré-adolescentes - que era um espaço para bate-papo e, eventualmente, leitura (tinha outro espaço para a "biblioteca") foi o mais criticado no post que vi (da Denise? já não lembro), mas acho que foi mais pela forma que foi mostrado, já que o espaço não seria assim tão estanque e as crianças não precisavam ficar confinadas dentro deles.
Para continuar nos pontos críticos, não gostei nem um pouco do papel de parede do quarto de bebê/hóspede - T11-E24. Quer dizer, o papel é interessante, um quadriculado irregular. Mas, como ali tinha o fundo branco, só conseguia pensar em "área de serviço". Gostos.
Mas vale prestar atenção num ponto que ele ressaltou nesse episódio. Para colorir o quarto, ele usou a cor amarela no berço, na cômoda, no "R" e no quadro, sobre o sofá, formando um triângulo. "Isso faz com que o nosso olhar percorra o quarto procurando a cor." Também cria uma sensação de equilíbrio dentro do projeto. E conjunto. Como sempre repito - tem que se pensar no conjunto.
Deborah, a luminária acima da poltrona lhe lembra alguma coisa?
Seguindo esse raciocínio - T11-E25, um quarto para dois irmãos. Apesar de eles serem muito diferentes em jeito e gostos, em função da pequena dimensão do quarto era ainda mais importante o conjunto. "Criar dois espaços totalmente diferentes num quarto só irá fazer com que pareça menor."
Meu episódio favorito da temporada - T11-E18 - escritório em casa.
Não é o espaço mais bonito do programa, mas tem vários pontos, nem sempre tão perceptíveis ou valorizados, que me fez gostar dele. Também me fez lembrar do projeto que fiz para minha amiga - maravilhosa - Mariana (eu disse que podia ser mal do nome), não é nem um pouco parecido, mas tem algumas "intenções" similares.
Começando pela crítica. Tem uma informação errada. Ele diz que, como a sala é estreita e cumprida, ele pintou a parede do fundo num tom mais escuro para que ela parecesse menor (acho que ele queria dizer mais quadrada). Não é bem assim. Cor escura diminui (na briga pelo padrão irreal de beleza, quantas vezes não foi repetido para as mulheres que preto emagrece?), mas, também, cria ilusão de profundidade. Então, a parede do fundo pintada de cor escura vai criar mais profundidade, fazendo o ambiente parecer mais comprido e estreito. A regra que a maioria repete é que, se se quer que o ambiente pareça maior, pinte de branco, mas existem outras soluções possíveis, que irá também depender das dimensões e forma do espaço. Por que ele atingiu o objetivo? Pq, além da parede do fundo, ele pintou parte da parede lateral - até o vão de acesso à cozinha, inclusive caixonete e alizar da mesma cor da parede - cinza escuro. E faz o mesmo "jogo" que ele comentou no T11-E24: o sofá é cinza escuro; a parte inferior do móvel de apoio da tv (e que servira de banco num dia com muitas visitas, já que a sala é bem estreita) também é cinza escuro; o armário superior com portas, para que ele possa esconder sua área de trabalho. Triangulação.
Trocou o carpete marrom por um piso claro bege acinzentado, o que já ampliaria o espaço. A regra é que se coloquem as réguas de piso perpendiculares à parede da janela - vão de entrada de luz - para que se disfarce a junção das réguas - que costumam dar uma leve levantada - é muito pequena, mas a sombra criaria destaque. Ele colocou ao contrário, perpendiculares às paredes laterais, pq os veios da madeira existente no piso criam linhas horizontais que fará com que o espaço pareça mais largo - que é o que ele gostaria.
O sofá é sem braço para que as pessoas possam sentar nas pontas. E ele teve o cuidado de comprar um sofá que fosse exatamente do tamanho da parede entre o vão de entrada da cozinha e o acesso ao quarto. E não cumpre uma regra que ele disse no primeiro episódio da temporada, se não me engano: "coloca-se o sofá na maior parede da sala". É que um bom profissional sabe quando é necessário quebrar as regras... ;c)
O móvel da tv é alinhado com o sofá - delimitando, claramente, o estar e o jantar. Também usa o recurso do tapete pra isso - que, por sinal, é lindo. Outro ponto de destaque de beleza: o quadro do artista coreano Sang Won Sung.
A prateleira sobre o sofá está "coincidentemente" na mesma linha do desenho que ele fez na parede do fundo da sala e lateral do "cachimbo" (o prolongamento da sala para acesso à janela), que foi inspirado no trabalho do artista plástico Felice Varini. O Marcelo e os amigos ficaram tão impressionados com as mudanças que o Maurício até esqueceu de comentar o efeito que a pintura produz.
O armário para o material de trabalho tem porta camarão com ferragens, que permite a abertura para os dois lados, onde está a bancada de trabalho e portas de abrir onde tem as prateleiras para armazenamento. Ali ele colocou caixas de plástico que facilitam o armazenamento e servem como "bandeja" para levar o material até a bancada. Também avançou com o armário além da viga, que "traz o armário" pra sala, o que contribui para incorporar espaço a ela, fazendo, mais uma vez, com que pareça maior.
Achei simpaticíssimo ele criar abertura na parte superior do armário para passeios do gatos. Só não achei muito prático ele colocar um quadro solto sobre a prateleira que servirá de trampolim para os gatos acessarem a abertura do armário. Dou um desconto nessa, por que ele é pai de cachorro (cadela na realidade. Linda.) e não é amigo da Telinha. rs.
NB-1 - Todas as fotos do site do Decora na GNT by Felco (Felipe Costa).
Exceção E23 - by Débora Melo.
NB-2 - Pra quem ainda não sabe, enviei uma carta com sugestão para o programa.
Achei que seria interessante fazerem um programa de fechamento do ano com uma APO (análise pós-ocupação).
Como as pessoas mantiveram o espaço? A proposta de móveis para organização surtiram efeito?
As pessoas aproveitaram o projeto para se tornarem pessoas mais organizadas?
Design de interiores influencia as pessoas?
Eu acho que seria um bom programa e, sendo de final do ano...
cairia no gosto de provocar emoções e superações que as TVs tanto gostam.
Logicamente, não poderia ser a respeito do programa da semana anterior,
teria que ser os do início da temporada ou das passadas.
Por exemplo, o Marcelo - T11-E18 - conseguiu se organizar mesmo?
Quais fotos os alunos da escola de fotografia - T11-E21 - fizeram do novo espaço?
Aquele primeiro programa, em que a mulher quis a reforma da cozinha
porque fazia bolos pra festas, facilitou mesmo a produção?
Diz aí se não seria um programa legal? ops... é Decora, não é programa da Regina Casé. rs
No outro post sobre o Decora ficou a dúvida se haveria um segundo.
Há outro post agora com os 13 primeiros episódios da temporada 11 - 2017 (são 26 no total). E o outro, com os 13 restantes, está no forno.
Vou começar pelo 13º que é um dos meus favoritos.
Um sebo. Como disse no outro post, tem pontos que eu mudaria? com certeza. Mas gostei imenso.
A planta retangular sendo alterada pela colocação do mobiliário - estantes em "U", meio que direcionado, de forma natural, o caminhar dentro da loja é o ponto principal. Tirar o ar de depósito comum dos sebos e dar o ar de grande livraria, valorizando o sebo e o trabalho de garimpagem, já que quase todo o mobiliário foi aproveitamento. A criação dos pontos de leitura, em um espaço não muito grande, facilitando para os clientes.
fotos Felipe Costa
Vamos, então, continuar de trás pra frente.
T11/E 10 - Copa da grande família. Espaço pequeno para uma família numerosa (8 filhos), mais as visitas (que são frequentes). Acho que a mãe, por ser uma figura forte e doce, o que transparece na fala do filhos que a respeitam e são respeitados por ela, ajuda a tornar o episódio especial. Acho ótimo quando ela diz, se referindo a uma peça ou eletrodoméstico (já não me lembro): "presente do ex-marido do Estevão".
Conseguiu encaixar todos os pontos pedidos. Rebaixou o teto com placas acústicas e usou outros materiais (cortina, tecidos no "sofá" e almofadas) que pudesse absorver o som, já que esta era uma das reclamações. Aproveitou para esclarecer, com a sua didática, a diferente entre isolamento e conforto acústico. Conforto foi o tratamento que ele deu, para que o som não reverberasse tanto e tornando o espaço mais agradável (coisa que basicamente todos os bares e restaurantes do Rio precisam fazer) e isolamento é o tratamento que se faz para que o som não ultrapasse aquele ambiente (o que tem em algumas casas de espetáculo e clubes, em que vc não consegue ouvir o som/barulho do lado de fora).
Para poder acomodar mais pessoas em volta da mesa, utilizou da solução "canto alemão", que é colocar um banco estofado ou sofá em um dos lados da mesa e escolheu tampo com cantos arredondados para facilitar a circulação e permitir que alguém se sente ali, usando os bancos empilháveis que ele deixou junto ao aparador.
Também usou os "famigerados" tijolinhos (já bem conhecido por quem assisti aos diversos programas de decoração) - no caso, outro material para facilitar a acústica.
fotos Felipe Costa
- Mas quem assisti a todos os programas?
- Eu sei. A Iara. ehehehh (Amiga maravilhosa, que não é profissional da área, mas gosta do tema e com quem troco algumas figurinhas, às vezes).
Ah, o filho caçula de d. Bia foi o participante que agradeceu ao Maurício de forma mais sincera, dos que eu já tenha visto. Gostei também da participante Lulu, que recebendo o espaço redecorado como "presente", se disse acarinhada. O Maurício tem cara de quem leva isso em conta.
T11/E01 - Entra aqui pela dificuldade do projeto. Sala pequena, com circulação cruzada, com a porta de entrada abrindo direto na sala. Mais as vigas. Como o casal gostava muito de praia, ele aplicou umas réguas de poliuretano até a base das vigas, para simular painéis de madeira e pintou paredes e réguas tudo da mesma cor, para não "sobrecarregar" o ambiente pequeno. Colocou várias peças de artesanato, reforçando o "ambiente descontraído de praia". Como corrimão da escada, que dá acesso ao quartos, usou um remo - que deu um toque de "humor".
fotos Felipe Costa
Pra não dizerem que sou só elogios, o quadro/escultura que ele usou na sala de jantar do episódio "sala de revista" (T11/E10) achei completamente desproporcional. Ou tinha que ser bem menor, para o contraste ser gritante, ou teria que fazer um conjunto com mais peças, usar um quadro ou peça maior para chegar a um equilíbrio.
O seu tom didático e ar de professor deve está agradando ao público e lhe conseguindo alguns patrocínios a mais para os programas. Teve merchandising das tintas Coral, de forma mais contundente, já que mostrava o expositor das cartelas de cores existentes em algumas lojas e da Etna - chegou com algumas peças dentro de sacos da loja.
Nas suas "aulinhas" reforçou que a melhor estratégia para quem quer um ambiente colorido, mas tem medo de errar, é usar cores nos detalhes (que fica inclusive fácil de alterar, sem grandes custos) e escolher bases neutras nas grandes superfícies (piso, paredes, teto e mobiliários maiores: se o sofá for grande, por exemplo, escolher um tecido de cor neutra).
Usar vidro na cozinha dar um ar mais contemporâneo.
Rodapés altos são mais clássicos e os rodapés baixos mais modernos, podendo até ser coloridos. Em um episódio, ele usou um rodapé de E.V.A. (T11/E11). Ainda não vi em lojas, mas é um produto que gostaria de usar. Sendo um material macio e flexível, é possível instalar em paredes curvas (que foi o caso do programa).
"Quanto mais escuro o piso mais 'alinhado" fica o ambiente". Pisos de madeiras claras sempre parecerão mais descontraído. Pisos claros, a depender do tipo e do acabamento, darão um ar mais contemporâneo. O ar sofisticado será dado pelo mobiliário e tapetes.
Pintura das paredes altera os ambientes sem grandes obras. Iluminação altera o ambiente, compondo várias "cenas", e é um coringa nos projetos de interiores. Ganhou bastante destaque nos últimos anos com o uso de led.
Nos banheiros, o uso de "mais texturas e menos brilho dão ideia de mais conforto, pois são acabamentos sensoriais". Aqueles que dão vontade de tocar, pisar descalço.
Para casas em que os "donos" são os cachorros usar tecidos 100% poliéster ou couro sintético. Sendo os gatos, usar tecidos com tramas bem fechadas, lonita, camurça, couro sintético. Cortinas com tecidos impermeáveis, próprios para áreas exteriores, aguentam mais os bichinhos.
Falando em bichinhos, em um episódio (T11/E09) ele usou um peso de porta da Paola Abiko, que era um elefante. Lindo. Lembrei, claro, da Renata Lins e da Jana (que faz uns lindos também).
Como os ambientes comerciais também estão entrando como opção, ressaltou que no caso o "cliente" do projeto é o cliente do cliente. Mas, algumas vezes é difícil do cliente entender que o espaço comercial não tem que ter um gosto tão pessoal, mas sim estar de acordo com quem ele quer atrair para o seu negócio.
Resumidamente, são os pontos que achei interessantes nos 13 primeiros episódios. Dos outros, num post neste mesmo canal. Em breve.
Ainda não foram totalmente eclipsados pelos programas de culinária-gourmet, mas já não têm o destaque que tinham antes.
Gosto de ver programas de decoração/design de interiores pra ver ali algumas teorias confirmadas.
Aqui, o melhorzinho é o Decora. Onde a Bel Lobo foi a queridinha [me lembro de um programa com um quarto infantil com um beliche de estrutura metálica tão mal feito, que ainda me deixa assustado].
No momento a apresentação é do arquiteto/designer Maurício Arruda.
Pelo que andei vendo na minha TL, as amigas que gostam e comentam sobre decoração têm restrições sérias. Devo confessar que gosto, mas demorei um pouco a entender o motivo. O lado didático - ele disse em um programa que foi professor num curso de design de interiores - e mais a forma educada e gentil com que ele trata os participantes foram uns dos pontos que me fizeram aprová-lo.
O primeiro programa achei até que fosse pegadinha, pois começar justo com uma cozinha era querer um desafio grande. E por pouco não foi um desastre total. Tinha todo o nervosismo de estar frente às câmeras (perdeu bastante logo após os primeiros programas)e mais a dificuldade do projeto em si.
Mas, pelo andar da carruagem, deu pra perceber que ele gosta de projetos de cozinha. Tanto que o melhor programa da décima temporada (2016 - que é da que irei falar. A deste ano fica pra depois, se houver outro post a respeito), pra mim, foi o episódio 8 - Cozinha Moderna.
Não precisam vir puxar a minha orelha. Não há aprovação 100% e se formos na linha - se fosse eu fazendo o projeto... mesmo naqueles casos de muitos - vivas! - a gente sempre irá querer mudar um detalhe ou uma cor, não? Pois.
Tem o aproveitamento do vão da porta da cozinha (em apartamentos pequenos, pra quê porta de serviço?), colocar painel de gesso cartonado pra disfarçar colunas/reentrâncias [que apesar de "perder" um espaço o faz parecer maior], usar cerâmica só sobre a bancada e emassar as paredes com azulejos com massa acrílica e pintar (se forem usar, uma dica: lembrem-se que são necessárias várias camadas de massa para sumir com os azulejos).
Gosto das montagens dos painéis visuais/moodboard - que é mesmo uma forma de ter orientação e dar um sentido pro projeto, definindo um conceito.
Neste ponto destaco o episódio 17. Ele foi excepcional? Não. Apenas demonstrou ser um bom profissional e ter conhecimentos. Manteve o mesmo layout, aproveitou parte do mobiliário, mas deu unidade ao projeto.
foto gnt/decora
O mesmo revestimento (ai, tijolinho. Pra quem andou vendo reforma de casais...) da parede da tv continuou na parede (recuada) do hall de entrada. A pintura "quadro negro" existente na parede da cozinha foi prolongada pra outra face da parede. Trocou o tapete cinza - sobre o piso cinza (cimento queimado), sob o sofá cinza - por um preto e branco, que deu destaque para o ambiente. Além de ser listrado, para criar a ilusão de um espaço mais largo. Encaixou a mesa de jantar em medidas de acordo com o espaço. A solução com o topo encostado na parede e de um dos lados com banco é o mais confortável? Não. Mas com um espaço tão exíguo e a exigência de uma mesa grande, é uma solução possível para atender aos muitos lugares pedido.
No E12 fugiu do convencional teto branco e o pintou de amarelo. Ainda bem que já usei deste expediente antes dele, senão minha cliente (Oi, Wanda) iria dizer que eu estava copiando o decora. rs (ah, quando faço isso falo abertamente pro cliente. Mostro de onde surgiu a idéia).
Em relação a iluminação - funções diferentes, iluminações diferentes - eu até completaria, é uma ótima maneira de criar várias "cenas". Ter vários pontos de iluminação - plafond / focos / pendente / abajur - permite mudar o clima da sala/quarto e o tornar mais aconchegante ou mais prático quando necessário de forma simples.
Customizar ou dar uma melhoradinha naquele móvel comprado pronto, uma das maneiras mais simples é trocando o puxador.
No E9 que ele deu destaque a cor, acho que ele poderia ter ousado mais. Tendo colocado duas paredes revestidas de madeira, justamente para dar uma contida e sofisticada no uso das cores, ele optou por um tom muito sóbrio de verde em contraponto ao rosa - que ele também não queria ver associado a quarto infantil. Considerando o perfil da família, e o painel de madeira, poderia ter optado por tons mais alegres. Então, mesmo nos "não acertos' dá para aprender.
Sabendo dos perrengues que é fazer obra, sempre dou um desconto pra ele - prazo e valor. Valor, acho que ele tem sempre mais folga do que eu. Prazo, ele ganha, mas se reparem bem em certos closes... se eu entregar uma obra com aquele acabamento, com aquelas falhas na pintura, fico sem as orelhas, com certeza. eheheheh Não é fácil.
Valeu Decora!
Se encantar com o projeto da revista, o cenário da novela, ou com a sala da amiga (ou vizinha) pode ser um parâmetro para o seu projeto. Uma composição / Estilo / Conceito que você gosta.
Agora, é preciso adequar os elementos ao espaço que você tem. Inclusive avaliar se é possível criar aquela atmosfera no espaço existente e com os elementos que você dispõe.
Querer um espaço "clean", tendo áreas reduzidas e uma lista enorme de itens para entrar na composição, por exemplo, torna tudo mais complicado.
Algumas vezes, a solução e escolha do projeto passa, também, por uma questão de autoestima.
Deixe o profissional trabalhar e ouça as sugestões. Ele pode estar vendo a beleza que você ainda não consegue ver refletida no espelho.
E ainda terá uma vantagem, o projeto terá a sua cara, ficará bonito e será original.
- de que cor eu pinto a parede da sala?
Esta é uma pergunta que já ouvi inúmeras vezes e na maioria tensionei as costas.
Quando a pergunta é feita no feissy é comum ter lá nos comentários:
- pinte de azul. Adoro azul.
- pinte de pérola. Pintei a minha sala e ficou ótimo.
- pinte de...
Aí, lá vou eu ser o chato. E comento: qual o clima você quer criar? Quais as dimensões da sala? Entra muita luz pelas janelas? De que cor é o seu sofá? E do tapete?...
Na realidade temos poucas cores pra escolher.
Pinte de azul, tranquilidade. Vai ficar bom? Sim.
Quer uma sala luminosa? Pinte de amarelo. Vai ficar bom? Claro. Dramaticidade? Pinte de... Vai ficar bom? Com certeza.
Logicamente, o fato de uma cor ser mais clara ou mais escura, menos ou mais luminosa, mais ou menos acinzentada, aumenta em milhares de vezes nossas hipóteses de escolha e muda nosso "entendimento" sobre ela.
Como também o tamanho dos espaços, a dimensão da parede mais visível, as cores dos outros elementos - piso, cortinas, tapetes, mobiliário, quadros, peças decorativas, ... - irão interferir na composição.
O conceito do projeto e o clima que se quer criar no ambiente irá nortear a escolha.
A parede pode ter qualquer cor? Sim. Se ela estiver em harmonia com o conceito e com o conjunto, e dentro do seu gosto, a resposta ao "vai ficar bom?" será - sim / claro / com certeza.
Uma parede ocre, móveis pesados de madeira talhada, cortinas de tecido cru nunca irá transmitir idéia de modernidade. Pintar a parede de amarelo tendo móveis de madeira clara, pode ficar meio pálido.
Então, não deixe de pensar no conjunto ao escolher a cor da sua parede.
Lendo um texto do TAB - Por um design unissex - que a Monix compartilhou, me dei conta de como essa discussão já passou pelos meus projetos. Tempo.
Em 2005, quando voltei pro Brasil, fui indicado para fazer um projeto numa escola Técnica em Santíssimo. Como era um projeto grande, chamei o arq. Maurício Campbell para fazê-lo comigo.
Uma das questões eram os banheiros. O banheiro feminino ficava dentro do vestiário e o banheiro masculino tinha entrada pelo outro lado. Completamente separados (embora as paredes dos fundos se comunicassem). Como era um prédio antigo, que tinha sofrido várias obras ao longo do tempo, não era um projeto de fácil solução. Mas, juntando todas as áreas e deslocando o vestiário para a quadra (outra parte do projeto), conseguimos criar uma nova sala - que faria o corredor ser todo com portas de entradas de salas e, no corredor lateral, a entrada dos banheiros. Aproveitando a estrutura existente - pintamos pilar e viga de amarelo, criando um pórtico que demarcava, no corredor, a entrada dos banheiros que tinha, na área de entrada, os lavatórios (comum aos dois banheiros) e, de cada lado, os banheiros feminino e masculino. Os banheiros foram calculados ao milímetro para evitar cortes e desperdícios de cerâmica. Então, tantas cerâmicas + espaçamentos determinavam a largura dos reservados e a altura alinhava com a divisória de granito e arrematando - cerâmica e divisória - uma faixa de azulejo 10x10 amarelo. Como a escola tinha uma barra cinza pintada em todos os corredores, mantivemos o cinza na cerâmica e escolhemos o amarelo para os detalhes (barra e forração das portas), além de fugir do padrão rosa meninas/azul meninos. Os banheiros ficam assim exatamente iguais (ou quase, visto que o dos meninos, além dos reservados, tinha o mictório. E no das meninas tinha mais um número de boxes).
Discussão importante. Já não me lembro o porquê de um comentário, visto que banheiro comum não era uma discussão na época. Logicamente, adiantei que não iria propor, por ser um avanço muito grande. Mas... a proposta tinha os lavatórios em comum e não tinha porta no acesso – o que facilitaria a circulação. “Oh, mas os meninos irão entrar no banheiro das meninas..." Contra-argumento, a porta não seria exatamente um impeditivo caso houvesse interesse em... e, segundo, como aqui é uma escola, cabe a vocês ensinarem que eles tenham respeito pelas garotas e pelo espaço do outro.
Outra questão era a manutenção dos banheiros. Inclusive pelo mau uso dos alunos. Nossa proposta foi a que, no início das aulas, fizessem uma reunião com todos os alunos, apresentassem a reforma dos banheiros - que foi feita pra eles, com o dinheiro deles (a mensalidade cobre o funcionamento, reformas e manutenção) - e quanto melhor eles cuidassem, mais tempo teriam um bom banheiro pra usarem.
Fiquei bastante feliz quando eles compraram as ideias.
O projeto ficou bem legal e foi aprovado também pelos alunos.
Quando voltei lá, tempos depois, para ver outro projeto, soube que, 3 meses depois do início das aulas, um aluno escreveu na parede do banheiro, mas foi facilmente identificado. Chamaram os pais, resolveram a questão da pintura e não voltou a acontecer. Final de 2010, voltei à escola para discutir um outro projeto e o banheiro continua lá, "inteiro". Tinha uns amassadinhos no mictório, mas acho que eram mais do bater das vassouras do pessoal da limpeza do que propriamente dos alunos.
Um bom projeto também pode influenciar no comportamento. ;c)
Banheiros / Escola
Quando da postagem sobre a série Gilmore Girls, comentei da cozinha da Sookie e que eu gostaria, também, de fazer uma decoração em verde-amarelo. Ao que uma amiga (Oi, Terla) disse que iria me indicar a uma destas pessoas "politizadas" com o nacionalismo exacerbado. Como assim? Por que só eles poderiam gostar?
Estas combinações icônicas - verde/amarelo, vermelho/preto, verde/rosa -sempre geram apreensões, pois sempre se imagina a versão conhecida.
O verde/amarelo não precisa cair no verde bandeira e no amarelo ouro, tem variações aí para tirar o ar de bandeira. Veja a cozinha da Sookie [se alguém encontrar uma boa imagem, me envia, sff. Eu tentei, mas titio google não me ajudou nessa.].
Uma mulher vestindo um pretinho básico com uma rosa vermelha na mão não será Flamengo.
E o verde/rosa pode não cair no samba.
Há tempos, uma amiga me chamou pra fazer a decoração da sua sala. Algumas questões se colocavam - o ambiente precisava ser fresco, luminoso e aconchegante.
Com as peças que ela trazia do outro apartamento, o aconchegante ficava contemplado - neste item a cor clara não ajuda muito mas, como os móveis eram de madeira escura, contrabalançavam.
A cor clara resolvia o luminoso e, sendo uma cidade tropical, a opção pelo verde - cor fria - encaminhava o fresco.
Como ela havia passado por um problema sério de saúde recentemente, embora esta não seja a minha linha de trabalho, o verde ainda tinha a opção de escolha por ser uma cor curativa na cromoterapia. Assim, a opção pelo verde ficou definida e eu decidi compor com o rosa (caí na armadilha de que rosa é cor de mulher).
Um dia, a irmã dela me encontrou e questionou:
- Você irá mesmo usar verde e rosa?
- Sim, vamos usar verde e rosa, confirmei.
- Ai, que horror, vai ser Mangueira.
Conhecendo minha amiga e cliente, dei corda, pois sabia que ela não havia contado os detalhes.
E assim foi feito. Pintamos as paredes de um verde água clarinho e compomos com uma faixa de papel no roda-teto com uma estampa floral (mais uma vez o feminino?) em tons de rosa claro e salmão e folhas em tons de verde. Mandamos estofar a poltrona com um tecido rosa seco / bois de rose e o tecido do sofá de uma estampa com rosa também, complementado com almofadas do rosa da poltrona.
A poltrona tem um adendo ótimo, acho eu. Ela a encontrou jogada na rua. E decidimos aproveitar, claro, visto que era uma peça em ótimo estado e original dos anos 50.
Mais um detalhe, ela tinha uma mesinha com base de ferro e tampo de vidro. Como o espaço da sala não era grande e não caberia mesinhas dos dois lado do sofá, coloquei a mesinha na varanda mas, junto ao sofá. Para criar a ilusão de que a mesa dava apoio ao sofá, fazendo a sala parecer um pouco maior.
Assim, acho que consegui fazer uma sala verde/rosa sem que ficasse parecendo a Mangueira.
Inclusive, a irmã achou que ficou bom. ;c)
NB – Se não me engano, não comentei com ela que um dos motivos
da escolha do verde era a saúde - criar um ambiente saudável e restaurador.
Descobrirá ao ler o post. Lógico que o restabelecimento dela se deve
à boa equipe de médicos que a atendeu. Se o verde contribuiu, não sei.
Mas atrapalhar, não atrapalhou, com certeza.
NB2 - o verde era claro, apesar da distorção da primeira foto.
Dar nomes aos bois. Nem sempre é fácil e nem sempre é entendível se o vocabulário não fizer parte do "dicionário" das pessoas. Agora, com a expressão - sensação térmica - tão corriqueira nos noticiários e previsões do tempo na telinha, pode ser que torne mais fácil.
Insistir que as cores frias (azul, verde, roxo) podem amenizar a sensação de calor é um trabalho insano. Confesso que nem com os amigos, que insisti muito, consegui bom resultado. Numa das primeiras vezes que sugeri para um cliente a resposta foi: vamos, então, pintar a casa de verde porque assim não compro ar condicionado. Ok, entendi o recado - não acredito nesta balela. Mas é verdade.
As cores frias - acalmam, relaxam. As cores quentes - excitam, estimulam e aumentam o batimento cardíaco.
Como as pessoas adoram uma citação para acreditar, foi bom ler Itten para o meu tcc e descobri o estudo dele.
Estimulante e relaxante é o que poderá gerar a sensação de calor.
[...] experimentos têm demonstrado uma diferença de 5 a 7 graus [3-4ºC] na sensação subjetiva de frio ou calor entre uma sala de trabalho pintada de azul-esverdeado e uma pintada de vermelho-alaranjado. Ou seja, na sala azul-esverdeado os ocupantes sentiram que 59ºF [15°C] estava frio, enquanto na sala de vermelho-alaranjado não sentiram frio até que a temperatura caísse para 52-54°F [11º-12ºC]. Objetivamente, isso significava que o azul-esverdeado diminui a circulação e vermelho-alaranjado a estimula (ITTEN, 1976, p.64).*
4º pode não parecer muito, mas ter a sensação térmica de que o dia está mais fresco neste pais tropical, é bom. Sempre bom.
Se vc odeia verde, não suporta azul e acha roxo horrível, não vá pintar sua casa com estas cores. Tente usar então, as cores quentes menos saturadas, menos luminosas (com uma mistura grande de cinza na composição da tinta) para pelo menos não aumentar a sensação térmica do calor.
Um bom projeto, uma boa implantação no terreno, ventilação cruzada, um paisagismo bem feito no jardim poderá inclusive diminuir bem o uso de ar condicionado, mas isso para quem está construindo uma casa. Para quem compra uma casa ou um apartamento onde não poderá alterar essas variantes do projeto, as cores ajudam e muito nessas sensações.
Embora ache que nem isso ajudará a diminuir os posts com reclamação do calor no feissy. rs
*Tradução nossa, a conversão em ºC foi feita através da fórmula ºC =( ºF-32)/1,8.
NB - as cores não são sugestões para as suas paredes.
é só um exercício de composição com cores frias.