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Persuasão

por sapoprincipe, em 11.08.22

220811_persuasion.jpg

divulgação - via google

O título é quase uma pegadinha.
É sobre o filme da Netflix e não é exatamente.
Achei o filme bem mais ou menos – não sei se foi a personagem principal narrando a história que não me empolgou. Ou o fato de parecer que queriam ousar e ficaram no meio do caminho. Como não sou conhecedor da obra de Jane Austin, até catei críticas para colher opiniões. As que li, também, não estavam aplaudindo de pé.
O ponto que gostaria mesmo de comentar é sobre a diversidade do elenco. Está no livro? Foi só exigência do momento atual?
Acho importantíssimo a diversidade. E não só na escolha do elenco de filmes.
Só fiquei me perguntando como eram estas relações à época. Com a formação deficiente que temos nas escolas e o apagamento feito da cultura negra e das mulheres, alguns pontos não batem bem.
Tendo sido “formado” também pela visão de Hollywood, onde, por exemplo, Cleópatra era branca de olhos violetas, fiquei me perguntando se o resgate da história não for cada vez mais discutido, se não haverá uma geração imaginando uma harmonia racial em séculos passados a partir dos novos filmes/séries.
Ouvindo o podcast do Mano Brown, a fala do professor Salloma Salomão citando Antônio Pereira Rebouças veio bem a calhar.
Rebouças, filho de um alfaiate português e de uma escravizada liberta, formou-se advogado, foi político e tornou-se conselheiro de Dom Pedro II. Ainda assim não deixou de sofrer racismo.
Então, famílias negras abastadas frequentando a corte e a alta sociedade existiam tanto aqui quanto na Europa, fato que não era apresentado em filmes antigos. Resta agora os atuais apresentarem com mais rigor.
Reforçando. Sou super a favor da diversidade, só não faço parte do grupo que acha que que Seu Jorge não poderia ter feito Marighella por não ter exatamente o mesmo tom de pele, ou que personagens gays e trans só podem ser feitos por gays e trans. Ter artistas (e não só) de várias etnias, raças, gêneros envolvidos em filme com estas temáticas é o mínimo. A obrigatoriedade de atores para determinados papeis, acho que é limitar o talento.

NB – André e Antônio são filhos de Rebouças.
Formados em engenharia fizeram grandes obras.
O túnel que faz ligação do centro e zona norte
a zona sul do Rio de Janeiro recebeu o nome em homenagem a eles.
O fato de serem negros não recebe tanto destaque,
como quando querem falar de marginais.

publicado às 19:00

de grão em grão

por sapoprincipe, em 28.10.20

Bem sabemos que algoritmos e a política pudica das redes tem um lado bom e vários ruins. Muitos ruins.
A política para mamilos então são um horror.
A modelo e influenciadora britânica Nyome Nicholas-Williams não aceitou as censuras e banimentos que sofreu e colocou pra jogo a sua insatisfação. Conseguiu uma vitória.
Instagram esta mudando a sua política para mamilos. Ainda não estão liberados, mas já terão que tomar mais cuidado com as censuras.
Por aqui vimos uma resposta dado como se não contivesse um absurdo gerar reações. Agora, o Nubank , depois do pedido de desculpas ridículo de sua co-fundadora, anuncia mudanças na política da empresa. Medo da perda de clientes como aconteceu com a rede de academia.
São pequenas vitórias, mas são vitórias.
O algoritmo impõe bolhas, mas elas vão se tocando e criando movimentos. A revolução com certeza será negra, feminista, trans e um apoio do movimento LGBTQIA+ (na parte não heteronormativa).

publicado às 20:02

no lugar

por sapoprincipe, em 27.10.20

Não sei se foi pelo excesso de Kondo, só sei que a série "the home edit - a arte de organizar " não teve eco nas minhas redes. Nem mesmo Fernanda e Iara, que são as que mais comentam sobre interiores, fizeram o menor comentário.
Eu mesmo abri pensando em dar uma olhadinha apenas. Assisti ao primeiro episódio achando a "nossa" Micaela melhor. Já não sei o que me chamou a atenção para assistir o episódio seguinte e daí fui até o final. O formato do programa é sempre a arrumação na casa de um famoso/celebridade e de um desconhecido classe média fã do programa.
Clea e Joanna acabam por serem simpáticas, pelo jeito já trabalharam para várias celebridades e são bastante inclusivas.
O programa não acrescenta novidades. Que num resuminho fica sendo - setorizar e padronizar.
Separar o que se quer arrumar, avaliar a melhor forma e determinar o quê fica a onde é a primeira coisa. Depois, se puder padronizar - sejam cabides, caixas, potes - facilita e agrada. Se puder padronizar as caixas de acordo com as medidas do espaço que se tem, consegue melhor aproveitamento. Sendo tudo padronizado, fica menos informação e com isso mais agradável aos olhos - para uma grande maioria das pessoas (há quem prefira o caos).
Ah, não armazenar mais coisas que o espaço comporta é importante.
Se tivesse acesso (e clientes que pagassem por) aqueles potes, cestos, divisórias e suportes de acrílicos que elas usam, também, faria milagres.
Por aqui não vejo tantas variedades assim - sem contar o preço -, e se for no Rio de Janeiro... melhor buscar em São Paulo. rs

201027_the-home-edit.png

NB - Se não foram elas que propuseram, provavelmente
foram uma das maiores divulgadoras de arrumação de estantes de livro por cor.
Em defesa delas devo dizer que elas propõem para tudo arrumação em arco íris.
E no programa elas propõem esta arrumação dos livros por cores para estantes infantis.
Crianças no período pré-alfabetização. O que torna muito mais razoável a proposta.
Afinal, será mais fácil para a criança pegar um livro de capa azul com um coelhinho na capa
do que exigir que ela ache o livro As fábulas de Esopo ou La Fontaine.

publicado às 15:00

Deitado [nem sempre] em berço esplêndido

por sapoprincipe, em 04.04.14

Como o apartamento é pequeno e eu decidi juntar todas as minhas coisas que estavam espalhadas, qualquer espaço de armazenamento é importante.

Cama? Baú, é claro.

Tradicionalmente tínhamos camas mais baixas. Nem era raro... “nossa caminhadura / Cama de tatame / Pela vida afora”. Numa relação mais próxima com a europa e o oriente.

Agora, com a “invasão” americana de camas altas e grandes, é um terror.  60 cm de altura (no mínimo) e king, claro. Pra os apartamentos pequenos fica aquele mar de cama no quarto, tornando-o visualmente menor e mais entulhado.

Sempre que vejo casas americanas os espaços são mais generosos que os nossos. Tá, aquele seu amigo que mora em Nova York o apartamento dele é minúsculo. Mas desde a época que a sessão da tarde exibia filme em p&b, que apartamentinhos lá tinham camas embutidas nos armários. Ótimo. Acordou, levanta a cama e vc deixa de ter um quarto de dormir pequeno e passa a ter um closet generoso.

Não será meu caso. Até porque ferragens no Brasil ainda é uma coisa difícil de achar.

Então, escolher com cuidado um colchão de casal padrão, bom e que não seja alto [nem caro].

 

NB – a próxima agonia será escolher o sofá. Afinal, todos no Rio moram em apartamentos com salas enormes que podem acolher facilmente sofás com um metro de profundidade (padrão comum nas lojas).

Tudo bem, o mercado para ricos é mais interessante, mas pobre também compra e tem bom gosto, porra.

publicado às 15:15

Cada um dá o que tem

por sapoprincipe, em 20.09.13

photo by Cris Carriconde


Já nem me lembro se esta frase é da cena de D. Beja ou de Xica da Silva, mas que é linda é. Além de certeira.

 

Sempre acreditei que educação vem de berço. Mas não, no máximo o berço lhe dá a base. A educação vem quando você consegue reconhecer o outro, se reconhecer no outro e sabe se colocar no lugar do outro.

Não consigo conceber a modernidade sem educação (será que demorará muito para sairmos da idade média?)

E cada um dá o que tem. Sempre.

publicado às 10:01

decor VIII

por sapoprincipe, em 12.09.13

“ Eu tinha 19 anos e minha mulher também, e nós tínhamos um apartamentinho que estávamos tentando montar como o lar de um típico casal americano de classe média. Estávamos imitando nossos pais, sem nos darmos ao trabalho de pensar na nossa vida com algum tipo de profundidade”


Elizabeth Gilbert

O último homem americano

pág. 79


NB - Erro clássico. Seja copiar a casa dos pais, do vizinho ou do amigo. Além do gosto, preferências e ritmo de vida, espaços diferentes exigem soluções diferentes. Sempre.

publicado às 09:00

ângulo

por sapoprincipe, em 04.09.12

Para algumas pessoas a grama do meu jardim é mais verde. Bem mais verde.

 

NB - bem sei quanto custa o adubo e a manutenção.
Ter flores na primavera exige investimentos. 

publicado às 17:21

moderninhos de plantão

por sapoprincipe, em 06.12.11

Aprendi que o modernismo na Arquitetura brasileira começava com Warchavchki. Nem imaginava estas barbaridades todas ditas sobre ele. Querer que a "boa" arquitetura fique restrita aos grandes monumentos e grandes nomes é f... Ate porque, a boa arquitetura, quando nada, deveria influenciar o arquiteto que está projetando o prediozinho ali da esquina, a lojinha do outro quarteirão ou a casa daquele bairo distante. Seria uma forma de termos cidades melhores, não?

O Rio com tantos arquitetos renomados, se tirarmos a paisagem exuberante, continuaríamos a ter uma cidade maravilhosa?

Análise do livro sobre Warchavchki.

A nova morada do modernismo

Pioneirismo "esquecido" de Warchavchki é revelador das tensões da vanguarda nacional.

publicado às 23:23

arq-tipografia

por sapoprincipe, em 16.11.11

 

By Cláudio Luiz

 

R. Marquês de São Vicente - Gávea - Rio de Janeiro / RJ

 

Num acesso de originalidade eu havia pensando para este arq-tipografia 50 um número ... 50. Moderno, em aço escovado. Só que, onde foi parar a foto? Até tenho tentado organizar melhor as pastas do meu computador, but... a foto sumiu. Até voltei ao local a onde achei que havia tirado a foto e não era :c(

Mas vamos manter o ideal (tá! eu sei que trocadilhos são infames).

Ah! e diga-se de passagem, não seria o meu ideal especificar material espelhado para uma fachada com um poste da light com fios todos emaranhados bem em frente.

(pior do que isto, só o exemplo citado por um professor da pós, o projeto de uma loja de um shopping onde especificaram espelho para uma parede que refletia justamente a vitrine e logomarca da loja concorrente. Seria uma estratégia de marketing - mostrar que não tem medo da concorrência? eheheheh)

publicado às 13:13

agenda cultural

por sapoprincipe, em 17.08.11

Como não tenho lido jornais e visto tv, logicamente, a falha é minha. Mas ainda assim eu poderia ver uma ressonância, que não ouço.

Tem várias coisas legais acontecendo no Rio.

Fui ver no domingo (último dia) a Exposição - Bispo do Rosário: o Artista do Fio. Boa.

Queremos Miles - no ccbb. Terei que voltar para ouvir mais.

No centro cultural dos correios eu destaco a exposição Mestres da Gravura na Coleção da biblioteca Nacional. Relíquias guardadas há séculos. Ainda tive a oportunidade de falar com a curadora Fernanda Terra, uma aula e tanto.

 

Anotem, valem a pena.

publicado às 09:09


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