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Quando reforço a falta de peso e qualidade das séries que tenho escolhido assistir é só pra contrabalançar com as séries e filmes cabeça que meus amigos intelectuais costumam assistir e comentar. Contudo, não é por elas serem "bobinhas" que não podem lhe puxar o tapete ou cutucar uma ferida numa cena ou outra.
Não acho que comprometa, mas se você é daqueles que qualquer spoiler estraga assistir, pare aqui.
Ian Pangilinan - Paolo Pangilinann
Na série - Gaya Sa Pelikula (como nos filmes) - numa conversa dos dois personagens principais sobre a vida, deixa bem claro por que eles são como são. Falando sobre a infância o rebelde Vlad (Ian Pangilinan), estudante de cinema, conta que nasceu para salvar o casamento dos pais. O que o faz se sentir fracassado, por conta de na sua festa de aniversário de 7 anos o pai ter feito as malas e saído de casa. Já Karl (Paolo Pangilinan), o pouco enturmado (tímido?) estudante de arquitetura, de 19 anos, que está passando por uma crise de identidade, expõe o peso que é ter nascido para substituir o irmão que morreu. Recebendo o mesmo nome, inclusive. Mais não conto, senão será spoiler demais. rs
Lógico que ri quando o personagem foi apresentado como estudante de arquitetura. [Até tenho uma teoria - quando querem um personagem charmoso, culto, sofisticado, de bom gosto, com ar blasé ele é arquiteto. Se for endinheirado, sedutor, enturmado, comedor, é publicitário. eheheheh (ai, os esteriótipos e as caixinhas)]
A fala sobre a infância, puxou meu tapete. Não nasci para substituir, até por que minha mãe não queria mais filhos, mas nasci depois de um irmão que morreu logo depois de nascer. Não herdei o nome, mas herdei a madrinha.
O fato de minha mãe não querer ter mais filho, também pesou. Embora hoje possa entender muito bem, lógico que minha leitura infantil foi outra. Minha mãe não queria ter mais filhos por que os dois partos anteriores dela foram muito complicados. Teve que fazer cesária (o que não era tão corriqueiro naquela época, que a maioria das crianças nasciam em casa), pois éramos bebês muito grandes. 4kg e tanto, acho que meu irmão mais velho nasceu com 5.300. Pesadinho. Ela quis fazer laqueadura, mas numa posição machista e desrespeitosa e comum até hoje, o médico não concordou.
Então, atenção. As séries podem ser bobinhas, mas você pode não sair ileso. rs
PS - este post está aqui por que a Fal mandou.
Enquanto a lista de indicações de séries, feitas por amigos, cresce, fujo para ver séries bobinhas.
Por isso nunca consigo entrar nos papos e nas dicas.
Ando me refugiando em séries de adolescentes - "malhação" em vários idiomas - e algumas séries asiáticas (não necessariamente de ambiente escolar).
As séries asiáticas desperta o interesse por uma cultura outrora muito distante da nossa, um ritmo bem diferente, uma estética e colorido exuberante e nos beijos de boca fechada que mal encostam os lábios (tão pudicos e com festivais fálicos enormes - sem trocadilho, por favor. rs Neste ponto, não muito diferente daqui que adora um biquíni cavado, um carnaval semi-nu, mas ficam revoltados com um topless na praia. Enfim, a hipocrisia.)
Fugindo um pouquinho da linha "malhação", por a história centrar mais na relação amorosa dos dois estudantes, assisti a "Seu Nome Gravado em Mim" (lembrei logo de "me chame pelo seu nome", "o amor que não ousa dizer seu nome"), que é um filme e não uma série. Ainda hoje precisamos continuar repetindo estes amores massacrados e de sacrifícios? A homofobia continua aí, mas temos avanços. Por mais que uma ala das redes gritem que querem personagens gays trambiqueiros, para fugir dos estereótipos, ainda precisamos de novelas com finais felizes, mas sem que precise repetir o amor romântico da donzela desejada e proibida, além de um padrão heteronormativo. Mas o filme comove. Tem umas cenas lindas e os atores são bem bonitinhos.
A violência, exclusão, bullying nas escolas, ainda hoje, seja lá ou aqui me assusta. As disputas infantis sempre irão existir, mas podiam ter avançado de como a escola lida com isso.
A questão do respeito aos mais velhos e a forma, às vezes, gritada de terminar umas frases, em séries orientais me chama a atenção.
Na linha "malhação" assisti uma francesa - "Skam" - bem boazinha. É uma versão de uma série norueguesa, que tentei assistir, mas já estava no limite permitido pelo site. Tem versões em vários países.
Cinco amigas de perfis diferentes, claro. A liberada, a engraçada, a com questão religiosa (o uso do véu) e por aí vai. Tem discussões de gênero, sexual, preconceitos (de vários tipos), interessantes.
Fui ver a nova temporada de "Elite" [netflix] - poderíamos dizer que é um pornô-soft sem cair num moralismo bobo? O enredo poderia ser melhor, alguns diálogos também, mas as cenas de sexo são boazinhas (diferente das orientais, não se economiza beijos). As meninas pagam peitinhos e os garotos pagam bundinhas a torto e a direito. E tem sexo hetero, gay, lésbico.
A última que dei play foi "Young Royals" [netflix]. Série sueca que tenta ter sucesso no embalo de "Elite" e as outras séries para adolescentes.
Como são só 6 capítulos, as questões ou construção das relações não são aprofundadas. Há de se ter boa vontade para acreditar que uma escola de elite - para realeza e riquinhos - teria estudantes pobres. O interesse do príncipe pelo menino pobre até poderia acontecer, já que o que o chama atenção é a voz (o garoto canta no coro) e o discurso de esquerda. Uma fala diferente de todos os seus amigos lhe chamar a atenção, acho plausível. Inclusive, que poderia ser mais explorado, mas não desenrola além da primeira cena.
Teremos uma segunda temporada? Irá depender do sucesso/números para a netflix renovar. Assim, saberemos também, se os não cringe são mesmo inclusivos. Enquanto as outras séries são cheias de rostinhos bonitos e corpos sarados bem padrãozinhos, a sueca fica mais próxima de belezas possíveis/cotidianas. Os atores parecem mesmo adolescentes e o descendente real é um garoto com cabelo ensebado (a mim me pareceu) e o rosto cheio de espinhas (pareceu não só a mim). A garota que quer namorar o príncipe, por uma questão de ascensão/título/poder, já que ela é de uma família muito rica, como de praxe tem problemas com a mãe e o pai, é uma atriz negra (representatividade?), com uns quilos a mais que as colegas de elenco e , também, algumas espinhas.
A história ficou comprometida pra mim pelo não embate de classes, mas como o interesse era fugir e não pensar, tá valendo.
Lógico que como bom "engenheiro de obra pronta" fico, também, achando que uns ajustes aqui, uma cena e um diálogo mais elaborado ali e uma construção ou justificativa das atitudes do personagem assado a série ficaria melhor. Em muitos casos tem isto, fico gostando da série com as "correções" que imaginei. eheheheh
NB - Reclamo da superficialidade das séries e comento este texto. rs
Não sei se foi pelo excesso de Kondo, só sei que a série "the home edit - a arte de organizar " não teve eco nas minhas redes. Nem mesmo Fernanda e Iara, que são as que mais comentam sobre interiores, fizeram o menor comentário.
Eu mesmo abri pensando em dar uma olhadinha apenas. Assisti ao primeiro episódio achando a "nossa" Micaela melhor. Já não sei o que me chamou a atenção para assistir o episódio seguinte e daí fui até o final. O formato do programa é sempre a arrumação na casa de um famoso/celebridade e de um desconhecido classe média fã do programa.
Clea e Joanna acabam por serem simpáticas, pelo jeito já trabalharam para várias celebridades e são bastante inclusivas.
O programa não acrescenta novidades. Que num resuminho fica sendo - setorizar e padronizar.
Separar o que se quer arrumar, avaliar a melhor forma e determinar o quê fica a onde é a primeira coisa. Depois, se puder padronizar - sejam cabides, caixas, potes - facilita e agrada. Se puder padronizar as caixas de acordo com as medidas do espaço que se tem, consegue melhor aproveitamento. Sendo tudo padronizado, fica menos informação e com isso mais agradável aos olhos - para uma grande maioria das pessoas (há quem prefira o caos).
Ah, não armazenar mais coisas que o espaço comporta é importante.
Se tivesse acesso (e clientes que pagassem por) aqueles potes, cestos, divisórias e suportes de acrílicos que elas usam, também, faria milagres.
Por aqui não vejo tantas variedades assim - sem contar o preço -, e se for no Rio de Janeiro... melhor buscar em São Paulo. rs
NB - Se não foram elas que propuseram, provavelmente
foram uma das maiores divulgadoras de arrumação de estantes de livro por cor.
Em defesa delas devo dizer que elas propõem para tudo arrumação em arco íris.
E no programa elas propõem esta arrumação dos livros por cores para estantes infantis.
Crianças no período pré-alfabetização. O que torna muito mais razoável a proposta.
Afinal, será mais fácil para a criança pegar um livro de capa azul com um coelhinho na capa
do que exigir que ela ache o livro As fábulas de Esopo ou La Fontaine.
Uma pausa para nossos comerciais.
Comecei a ver a nova temporada [T3] de Queer Eye (ainda estou no episódio 4). Está ótima.
Ainda espero o dia que o Jonathan irá encontrar um visagista para rever o próprio visual.
Karamo acabou saindo de - culture - e caindo em auto ajuda. Fica difícil acreditar em mudanças internas tão radicias em 5 dias. Mas, ele é fofo.
Antoni - deu uma melhorada no menu, acho.
Tan é um fofo (embora meio machista, acho) e acerta bem nos modelitos.
Agora, o Bobby é excelente. Bonito, charmoso, atencioso e de um talento... os ambientes sempre ficam maravilhosos. O que eu acho mais interessante, e com o que me identifico, é ele pegar peças das pessoas e manter no ambiente novo, de forma a dar destaque e valorizar as peças. Lembrei-me, agora, de uma cliente que me convidou para o open house onde pude ouvir várias amigas dela perguntando onde comprou a luminária e a mesinha e ela tendo que responder: é do outro apartamento, vc não se lembra?
Apesar da dúvida, acabarei por comprar o livro que o gnt irá lançar do Maurício Arruda. Gosto do trabalho dele. Mas, do Bobby... iria adorar.
Estava assistindo aos episódios pensando em comentar com algumas amigas e no episódio 4 já não resisti.
Na casa, o Bobby optou basicamente pelo preto e branco. Pintou metade da parede de preto e a parte de cima de branco (acho que pode ter sido por conta das crianças, já que o casal tem 3 filhos pequenos). Lógico, que imediatamente associei com a postagem do Maurício Arruda no instagram semana passada. Ele postou uma obra feita pelo escritório dele - todosarquitetura - que tinha isso - barra preta embaixo e branco em cima - sala, corredor - paredes e portas. Várias pessoas comentando que não gostaram. Interior designers sofrem eheheheheh
Então, podemos dizer que é - tendência?
by Mauríco Arruda - todosarquitetura
by Bobby - Queer Eye - T3E04