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by cláudio Luiz
Rua do Almada - Porto - Portugal
Continuando o "brincar" e "exercitar", lembrei-me do trabalho da Cuca Canals.
Ela tem vários trabalhos que acho geniais. Belas sacadas. E o autorretrato é um deles.
Pensando em algumas pessoas, decidi fazer alguns [auto] retratos. Não me perguntem quem, pois teria que citar alguns amigos e ficaria numa saia justa. E eu prefiro as retas e godês - rs.
Assim, teríamos o duro, obtuso, conservador e fechado em si mesmo.
Também temos o contemporâneo, antenado, engajado, mas que se esconde sob várias camadas de discurso.
Um deles seria de uma pessoa que, num primeiro contato, é rígido, com "pontas" (meio agressiva), mas no fundo é delicada (quase uma professorinha), tradicional, instruída. Mas, artesanal, eu diria.
E, por fim, o elegante, culto, esbelto, que estabelece contato com o mundo de forma gentil e arredondada. Um Lord.
Logicamente, que os parênteses e colchetes, como também as cores, entraram na composição da representação do modelo "retratado". Na procura das fontes que seriam a representação dos perfis que eu havia traçado, bem vi algumas fontes que encaixariam perfeitas para alguns amigos. Estou até pensando em produzir alguns para dar de presente. Ou vender.
Estes são o que se apresentam. E o seu? Como seria o seu autorretrato?
Uma amiga (oi, Dedeia), quando comentei do lançamento do livro, me sugeriu que eu fizesse um post na outra semana e aproveitasse para sugerir que seria um ótimo presente de aniversário. Perdi o timing. #masficaadica
No final de março, foi lançado no Rio o livro "Letreiros", de Mari Stockler e Marcus Wagner que dizem: "São 162 fotos novas e antigas, de letreiros emblemáticos que ainda existem ou que já foram retirados, mas que contam a história visual das ruas da cidade. Como esquecer o letreiro da boate Help, em Copacabana, com aquelas perninhas dançando em néon? Ou da Chaika, em Ipanema? Das Perucas Lady, em Copacabana? O traço Art Déco do letreiro do Bar Paladino, no Centro?"
Uma outra maneira de encarar a "arq-tipografia".
Se eu tivesse um bom padrinho, poderia também lançar um livro.
Fernadinha e Fernanda com os seus exemplares.
By Roberto Filho
Bob's - Foto do livro.
Porque morei em frente ao primeiro Bob's do Rio
e fui feliz lá naquele apartamento (Oi, Márcia)
Ou, se tivesse disposição para academia (até teria, na realidade, o ponto é outro) poderia também seguir os passos de D’Elboux e fazer uma mapa do Rio. Já teria meio caminho andando. Embora, provavelmente, expandisse para além do Déco.
Diz ele: " As referências tipográficas encontradas no espaço público de São Paulo revelam parte da história da cidade" (ele poderia ser menos modesto e ampliar este leque aí. Revelam de muitas cidades.)
"O piso de mosaico estilo Art Nouveau com o monograma da família Álvares Penteado, na Vila Penteado; as letras Art Déco na entrada do Estádio do Pacaembu; as inscrições caligráficas encontradas no cemitério São Paulo; e a moderna Biblioteca de São Paulo, com suas enormes letras que lembram antigos tipos metálicos para impressão, são alguns dos exemplos de como a tipografia se encontra entrelaçada à arquitetura na cidade." Daqui.
Déco SP - by D'Elboux
Já para o Rio, de uma forma bem mais restrita - meu foco são prédios residenciais -, vou fazer uma seleção da seleção do "Arq_Tipografia" e republicar aqui a série de forma mais seguidinha (tentarei postar uma a cada semana), para que possam ter uma pequena visão de forma mais fácil.